Cumprindo a promessa de levar a música da década de 80 às três vilas daquele concelho do distrito do Porto, este ano, o festival toma de assalto a vila de Ancede com uma programação que volta a apostar em projetos de índole local como a Banda Marcial de Ancede que junta-se aos Quinta do Bill, para “um concerto inédito” especialmente preparado para o festival, antecipou Susana Ferrador, da organização, durante a apresentação do programa, na Casa de Baião, no Porto.
Composta por 60 elementos, a Banda Marcial de Ancede nasceu em 1845, sendo aos dias de hoje “a mais antiga banda do distrito do Porto”.
Neste primeiro dia, marcado pela atuação conjunta dos Quinta do Bill e da banda Marcial de Ancede, destaque ainda para as artistas portuguesas Liana Kerzhakov e Swaly que, acompanhadas ao “cajon” – um instrumento de percussão originário da América do Sul - emprestam a “combinação das suas duas vozes” a leque de músicas pop/rock internacionais
O segundo dia é dedicado aos tributos, com a banda-tributo dos Queen, One Vision, a perfilar-se como o momento mais aguardado da noite.
De reconhecido mérito na Península Ibérica, o projeto criado em 2006, destaca-se, segundo a organização, pelo caráter inovador e pioneiro que os levou a partilhar o palco com filarmónicas e orquestras, bem como, pela energia e entrega em palco.
O tributo ao cantor Roberto Carlos fica cargo da banda Havana’s Soul e convidados, e num formato mais acústico, Anabela e João Gusmão prestam homenagem as grandes referencias do folk do século XX, como Bob Dyan, The Beatles, Simon and Garfunkel, entre outros.
No domingo, o dia é dedicado à família, com atividades para todas as idades. Jogos tradicionais, música e até um desfile de carros classificados marcam o último dia de festival que ao longo dos três dias vai promover ainda o trabalho de três escolas de dança do município.
Inserido numa estratégia de promoção territorial daquele concelho – onde na última década o turismo tem-se afirmado como porta de entrada – o festival, de entrada gratuita, é já uma aposta ganha para o município que espera superar os mais de 6.000 visitantes contabilizados na primeira edição.
“Eu gostava que fosse o dobro. Mas a verdade é que não temos muitas condições para ir muito além destes números. (…) esperamos que sejam mais que o ano passado, o espaço está dotado para isso, mas cima de tudo o que eu espero é que aqueles que vão se sintam bem e regressem no futuro“, afirmou o presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira.
O autarca sublinhou que o festival - que este ano tem lugar no Centro Cívico de Ancede - não pretende ser um evento de massas, mas contribuir para a estratégia de atração do concelho que, entre 2015 e 2022, registou um crescimento do turismo na ordem dos 110%.
Em 2025, o festival - que primeira edição teve lugar em Santa Marinha do Zêrere, muda-se para a sede do concelho.
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