Mais do que a última noite da 20ª edição do Paredes de Coura, esta é a primeira noite do regresso dos portuenses Ornatos Violeta, que, depois de se terem separado há dez anos, se reuniram para uma série de concertos com lotação esgotada nos Coliseus de Porto e Lisboa e acabaram por aparecer como um dos nomes mais fortes do festival este ano.
Num ano em que os cabeças-de-cartaz não abundam no festival, a curiosidade em torno do regresso da banda acabou por lhes dar lugar de destaque.
O grupo, que só editou dois álbuns de originais - “Cão!” (1997) e “O monstro precisa de amigos” (1998) -, viu o seu segundo registo escolhido em 2009, pelos ouvintes da Antena 3, como o melhor dos últimos 15 anos, entre 100 álbuns nacionais.
Manuel Cruz, Nuno Prata, Kinorm, Elísio Donas e Peixe prometem, aliás, tocar integralmente o álbum que inclui êxitos, como “Capitão Romance”, “Chaga” e “Ouvi Dizer.
Este, porém, não é o único nome nacional a subir ao palco principal da praia fluvial do Tabuão, já que vão atuar também os Dead Combo, os Capitão Fausto e os Ladrões do Tempo, sobrando só os The Go! Team. Mas, com a sua música incatalogável, que tanto é capaz de discorrer sobre o hip-hop como as bandas sonoras de Bollywood ou as guitarras em distorção, o sexteto inglês promete ser um caso sério no palco.
Com o recinto já curado da chuva, o palco coberto da Vodafone só vai servir de abrigo à música, sendo que as guitarras pós-rock dos God is an Astronaut e, nos antípodas, a dream pop dos Memoryhouse são as estreias aguardadas com mais expectativas.
Os outros ocupantes deste palco serão duas propostas bastante mais eletrónicas. Fala-se dos portugueses Best Youth e o duo Youthless, que divide o seu tempo entre Lisboa e Londres.
@Lusa
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