«Neste novo espetáculo, Mayra aproxima-se mais do seu último disco, «Studio/05», e com uma formação mais acústica que lhe permite mergulhar nas suas raízes culturais de Cabo Verde», adiantou à Lusa fonte da Uguru.

«Studio/05», editado em Dezembro passado, é o primeiro álbum gravado ao vivo de Mayra Andrade com o grupo de músicos com os quais se apresentará em Portugal e com quem formará uma «oficina de composição», afirmou a cantora à Lusa.

Mayra Andrade é acompanhada por Zé Luís Nascimento (percussões), Munir Hossa (viola e cavaquinho), e Rafael Paseiro (contrabaixo), o grupo com quem quer formar «uma oficina criativa de composição».

O álbum não inclui nenhum inédito, apenas recriações de temas como «Kenha ki bem ki ta bai», que abre o concerto, do repertório do grupo Finaçon, ao lado de «Dinokránsa» e «Tunuka», com novos arranjos, bem como dos temas «Michelle» dos The Beatles e «La Javanaise» de Serge Gainsbourg.

Mayra Andrade afirma que, musicalmente, continua à procura caminhos. «É uma busca constante por aquilo com que me identifico, e vamos deixando pelo caminho aquilo que não nos pertence», reefriu.

De Lisboa, a cantora filha de pais cabo-verdianos nascida em Cuba, seguirá para Serpa (Beja) onde participará no dia 8 de Junho nos Encontros de Culturas, no dia 9 actua no Casino da Figueira da Foz e no dia 10 canta no Centro de Espetáculos de Tróia (Setúbal).

Mayra Andrade - que dá voz aos premiados «Navega» e «Stória, Stória» - gravou o ano passado o fado «Alfama» (Ary dos Santos/Alain Oulman) com Pedro Moutinho.