
Na mesma categoria do palmarés foi atribuída uma menção honrosa ao filme "Mad bills to pay (or Destiny, dile que no soy malo)", de Joel Alfonso Vargas, um conto neo-realista de amadurecimento sobre liberdade, aspirações e desejo e sobre as escolhas de vida, segundo o júri.
Já o Grande Prémio Nacional do FEST foi para "Business as Usual", de Pedro Vinícius, por ter feito um retrato "consistente e criativo da crise habitacional numa cidade que se desmorona ao ritmo dos sons e dos efeitos da desumanização".
Nesta categoria também foram entregues duas menções honrosas a "Agente Imobiliário sem Casa para Viver", de Filipe Amorim, pela "sátira criativa com uma atuação irreverente", e a "A Fronteira Azul", de Dinis Miguens Costa, pela "visão artística singular e uma execução técnica notável".
O Lince de Prata na Ficção foi entregue a "Family Sunday", de Gerardo Del Raso, que retrata um dia normal num bairro problemático, "com uma abordagem técnica notável", segundo o júri, que também atribuiu uma menção honrosa a "Sammi, Who Can Detach His Body Parts", de Rein Maychaelson, sobre temas sociais e de género.
Na área do documentário, o Lince de Ouro foi conquistado por "Songs of Slow Burning Earth", de Olha Zhurba, "pela inconformada coragem de extrair um olhar sofisticado, criativo, resistente e humanista nos vários quadrantes de uma sociedade em plena crise de guerra", na opinião do júri.
O Lince de Prata nesta área foi para "Berthe is Dead But It's Ok", de Sacha Trilles, por, segundo o júri, "dignificar através da arte e da criatividade uma personagem maior que a vida", e foi ainda distinguido com uma menção honrosa o filme "What If We Run Out of Stones?", de Nora Štrbová, por "relembrar que o cinema não está todo inventado e que há múltiplas formas de provocar, amar e olhar artisticamente para as coisas que nos rodeiam", lê-se na justificação.
No festival foram ainda entregues mais dois Linces de Prata: na animação coube a "The Crooked Heads", de Jakub Krzyszpin, e uma menção honrosa a "Larval", de Alice Bloomfield; e no cinema experimental para "Medical Field Guide or Rules of Engagement With Native E-girls", de Andran Abramjan e Jan Hofman, com uma menção honrosa para "The Land of Abandonment", de Eliška Lubojatzká.
Na categoria NEXXT, venceu "Punter", de Eliška Lubojatzká, e houve menções honrosas para "The Dam", de Giovanni Pierangeli e "Karaokiss", de Mila Ryngaert.
Já o Prémio do Público na longa-metragem coube a "Manas", de Marianna Brennand, e na curta-metragem para "Berthe is Dead But It's Ok", de Sacha Trilles.
A 21.ª edição do FEST – Festival Novos realizadores, Novo Cinema - sob a direção de Fernando Vasquez - começou há uma semana em Espinho, distrito de Aveiro e da área metropolitana do Porto, e a programação apresentou um total de 80 filmes em competição, 170 em diversas rubricas de visionamento e um programa formativo com cerca de 40 profissionais de topo.
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