A música foi sempre um elemento constante na vida de João Só. A mãe e a tia são fãs incondicionais dos Beatles, portanto enquanto os amigos brincavam com carrinhos ele era «quase obrigado» a ouvir música. Ainda hoje o compositor e intérprete consegue ficar tardes inteiras a ouvir os seus álbuns de eleição.

«Ela Só» é, segundo João, um disco «mais energético» e mais forte. Olhando para o trabalho final, João diz-se muito orgulhoso e não consegue eleger nenhuma das músicas como sua favorita. Fogo foi o tema escolhido para single porque era a mais atrativa, ou como o próprio diz, «mostrava que vem aí um disco».

O processo de criação deste segundo álbum não foi pacífico. O baterista e o baixista de João Só e Abandonados saíram do projeto e este esteve inclusivamente parado durante alguns meses porque João estava a passar por um «conflito interior» que não lhe permita decidir o que realmente queria deste trabalho. «Foi a primeira vez que senti que o estúdio era trabalho», confessa o vocalista.

Face a estas mudanças na composição do coletivo João Só e Abandonados, o vocalista disse ao SAPO que o seu papel na música é mais «individualista» e que para fazer bem o seu trabalho tem de estar sozinho no processo de composição e arranjos.

João Só e Abandonados vão estar no dia 18 de outubro em Lisboa e dia 22 no Porto e os fãs podem esperar «um concerto de Rock n'Roll à antiga». O intérprete ressalvou ainda que quem comprar o disco tem direito a um bilhete para o concerto e vice-versa.

@Inês Fernandes Alves