Lançado em conjunto pela Lovers & Lollypops e pela Shit Music for Shit People, este é o primeiro álbum do projeto a solo de Óscar Silva, que explicou à Lusa que se trata de um “fim de ciclo com a Ana Miró”, artista também conhecida pelo nome de Sequin.

“Claro que ela vai continuar a participar sempre que puder, mas a ideia é fazer várias coisas com pessoas diferentes. Este é o nosso disco, qualquer coisa que fizemos os dois”, disse Óscar Silva, que sublinhou acreditar “que agora obrigatoriamente” vai ter de “procurar algo ainda mais novo dentro disto”.

O músico de 27 anos, que vive na Bobadela (“ou Boba Deli”), recordou que o projeto a solo iniciou-se há cerca de dois anos depois do convite de uma banda amiga que precisava de alguém para abrir um concerto em Évora.

“Num mês tive de arranjar qualquer coisa, se bem que já tinha o conceito, só não tinha era música. E daí surgiu meia hora de música, algumas músicas, gostei bastante de as tocar ao vivo e fui tocando até gravar o primeiro EP, que, basicamente, foi a compilação de tudo o que eu tinha andado a fazer”, disse Óscar Silva.

Num estilo musical que combina elementos de influências diversas, incluindo sonoridades de África e do Médio Oriente, com passagem pelas do Brasil, Óscar Silva sublinhou à Lusa que derivou de uma altura em que começou “a descobrir mais coisas fora do Ocidente”.

Sobre “Badlav”, Óscar Silva referiu que “as quatro músicas do álbum são os quatro ciclos” a partir da religião hindu, para a qual “o mundo divide-se em quatro ciclos e cada uma é um desses ciclos, os primeiros mais alegres, mais luminosos e a coisa vai evoluindo até ao fim do mundo, até uma era das trevas”.

Depois do concerto em Lisboa, no Musicbox, o músico atua esta quinta-feira no Café au Lait, no Porto.

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