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O festival que tem a palavra como mote mas que se chama Silêncio já começou. Esta quarta-feira, o coletivo temporário Irmãos Demónio apresenta-se com o primeiro espetáculo de música, num certame que abarca leituras encenadas, conversas, cinema e poesia. “A palavra é soberana, a palavra é que conta e a palavra está intimamente ligada ao silêncio. Sem o silêncio a palavra perde a força”, deslinda Alex Cortez, responsável pela organização do Festival Silêncio. Entre terça-feira e domingo, a quarta edição do festival ocupa Lisboa, em espaços como o MusicBox, a Pensão Amor, a Fundação Saramago, o Povo e o Cinema São Jorge. Ao longo dos seis dias, a palavra inscreve-se na vida da cidade pela mão, voz e som de escritores, músicos, atores, artistas plásticos e cineastas que exploram a sua relação com a linguagem verbal e não verbal. “É um festival cuja temática principal é a palavra, desde a poesia à prosa e a sua relação com as outras disciplinas artísticas, como a música, o vídeo, o teatro”, explica Alex Cortez. “Tentámos que o festival trouxesse a Portugal artistas desta área da palavra dita e potenciasse o aparecimento de novos projetos”, como é o caso dos Irmãos Demónio. O coletivo composto por Filho da Mãe, Hélio Morais, Quim Albergaria e Kalaf Ângelo apresenta-se esta quarta-feira no MusicBox para o primeiro concerto desta edição, respondendo assim ao desafio lançado por Alexandre Cortez. O Festival Silêncio marca ainda o regresso do projeto “Os Poetas”, de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes, e conta também com os Pop Dell’Arte, Mão Morta ou Joshua Idehen, entre outros.<
@Nuno de Noronha
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