O álbum “Independance” será apresentado no Festival “Au Fil des Voix”, em Paris, e inclui “composições novas sobre toadas dançantes da época” em que Cabo Verde se tornou independente, que Mário Lúcio mistura com as sonoridades atuais.

O resultado é “um disco vibrante, totalmente dedicado para dançar, rebuscando o afrobeat, o soukouss, a rumba”, avança a plataforma de produtores e promotores musicais.

Mario Lucio fez parte do mítico grupo Abel Djassi, quando tinha 15 anos, uma banda de estudantes do Liceu da Praia que era o furor da juventude devido ao seu repertório eclético, que incluía Pink Floyd, Carlos Santana, Roberto Carlos, música caribenha e continental africana, Bob Marley e, claro o repertório de Os Tubarões e de Bulimundo, lê-se no comunicado de divulgação deste novo disco.

No mesmo refere-se que “a grande mudança na música de Cabo Verde dá-se com a independência do país em 1975, por três motivos: A libertação das danças populares antes proibidas (batuko, tabanka, funaná), a chegada da música do continente em discos com os soldados que regressavam da guerra (músicas de Angola, Congo, Guiné-Bissau) e a adoção de instrumentos elétricos (guitarras, teclados), com bateria e percussão”.

No tema que dá título ao álbum, Mário Lúcio faz uma viagem ao passado, cruzando-o com o presente, cantando com o povo cabo-verdiano: “A nossa terra é para o nosso povo”.

Cabo Verde tornou-se independente de Portugal a 5 de julho de 1975.