O espectáculo, muitíssimo bem composto em termos de audiência, tardou em começar, mas rapidamente foram esquecidos os quarenta minutos de espera: Gogol entram em cena como uma bomba, com uma energia que contagiou tudo e todos em poucos segundos, e que cedo se alastrou para uma onda de saltos, crowdsurfing e um bloco de corpos em pleno mosh.

T-shirts foram voando ao ritmo alucinante que Hütz e seus pares imprimiam, canção após canção, e nem os temas mais calmos foram argumento suficiente para interromper o frenesim. O estilo punk, alternado com uma certa vibe ska / dub cigano, aliados à bem conhecida temática semi-hippie da paz e do amor, esteve presente durante todo o alinhamento e o público correspondeu de forma brilhante.

Destacaram-se pontos altos em Break The Spell - que acabou por servir de intermezzo entre alguns temas - Not A Crime e Wonderlust King e, claro está, durante o famigerado Start Wearing Purple - momento de proporções épicas, e cuja sintonia entre a banda e os fãs atingiu o auge. De negativo, pouco ou nada se pode apontar. A lamentar, apenas, alguns excessos por parte de fãs, que, por motivos mais ou menos dúbios, abandonaram o concerto em ombros.

Sem dúvida um dos grandes concertos deste início de 2011 a passar pelo Norte, e, muito provavelmente, uma das datas a assinalar na lista dos mais marcantes do ano.

Sérgio Castro