A chegada dos campistas, este ano, foi tímida muito devido à Jornada Mundial da Juventude, afiança a organização, mas aos poucos os festivaleiros começaram a surgir, trazidos pelos pais, em viaturas próprias ou em transportes públicos, para a comemorativa 25.ª edição.
“O mais importante, além dos artistas, é mesmo a parte do convívio” dentro do recinto, conta a jovem Violeta Furtado, que partilha tenda com outras duas amigas de Lagos, no distrito de Faro, desde a abertura da zona de campismo.
Cumpridas 25 edições, pela Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, muita coisa mudou, desde os chuveiros e as casas de banho, às modernas lavandarias, cozinhas comunitárias, pontos para carregar os telemóveis e, a novidade deste ano, uma zona de grelhadores.
No entanto, e apesar das melhorias, montar o acampamento continua a ser a prioridade para quem quer ficar acomodado até sábado e nem as pausas devido ao calor que convida a banhos distraem os festivaleiros dos pequenos pormenores para garantir que nada falta.
“Estamos a montar o toldo”, explica Francisco Pires à agência Lusa, ainda nos ombros do colega que o ajuda a chegar ao ponto mais alto do pinheiro que, por estes dias, partilha o espaço com o pequeno grupo de festivaleiros.
O jovem, que viajou de Sintra, no distrito de Lisboa, até ao litoral alentejano para repetir, pela quarta vez, a experiência no MEO Sudoeste diz que o acampamento se monta “aos poucos”, sendo imprescindível “a sombra, ou natural das árvores ou com toldos, tendas, comida, cadeiras e água” para hidratar.
Até ao arranque em pleno dos concertos, na quarta-feira, o grupo repete a rotina da maioria das tribos espalhadas pelo recinto: “Vamos ao canal dar um mergulho, estamos aqui um bocadinho a conviver, vamos ao supermercado fazer as compras para o jantar, costumamos ir à praia e, às vezes, dar uma volta aqui pela costa”.
Ao final da tarde, enquanto uns esperam ao sol na longa fila para entrar e ainda aproveitar a receção ao campista, dezenas percorrem as ruas de terra batida, de toalha às costas ou com boias pela cintura, refrescados pelos mergulhos cautelosos para o canal de rega, para fintar o calor dos últimos dias.
Entre eles está Ana Fernandes que, este ano, viajou com um grupo mais alargado até à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, para uma experiência que diz ser “uma aventura em família”.
“Venho com os filhos, as sobrinhas, a avó e a neta que é minha nora”, explicou a festivaleira da tribo “As cotas da street”, que depois de muitos anos voltou ao Sudoeste, convencida pela filha.
O grupo chegou na véspera da abertura do campismo, dormiu em cadeiras e dividiu-se, entre as filas das pulseiras e da entrada, para ser dos primeiros a acampar no recinto.
À Lusa, Cristina Modesto, a avó, confessou que a experiência “está a ser ótima”, sobretudo “pelo convívio”, e disse aguardar com expectativa o início dos concertos no palco principal.
“Ainda só fui aos ‘buns-buns’, mas [o festival] é ótimo”, garantiu.
Este ano, a organização dá os parabéns à tribo da Herdade da Casa Branca com um espetáculo diário de nove minutos “com 500 drones”, para substituir o fogo-de-artifício, e a projeção dos 25 cartazes do festival nos écrans laterais do palco principal.
“No sábado para festejar vamos soprar as velas com o bolo que o Steve Aoki irá distribuir pelo público”, revelou à Lusa o promotor do festival, Luís Montez.
Pela Herdade da Casa Branca vão passar os artistas David Guetta, Niall Horan, Guilia Be, Lon3r Johny e Xutos e Pontapés, na quarta-feira, Bizarrap, Farruko, Dennis, Kriol Kings, Ludmilla, na quinta-feira, Metro Boomin, Rae Sremmurd, Karetus, Lennon e Slow J, na sexta-feira, entre outros.
O festival termina no sábado com Hardwell, Steve Aoki, Blasterjaxx, Ivandro, Nenny e Soraia Ramos.
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