O álbum “Billie Holiday – The centenial collection” inclui gravações realizadas entre 1936 e 1944, nomeadamente “When a woman loves a man”, refletindo uma carreira atribulada de cerca de 25 anos.
Editado pela Sony Music na próxima segunda-feira, o álbum inclui um booklet com fotos raras, segundo a discográfica, e um texto do crítico Arthur Levy, que aponta Billie Holiday como “a maior cantora de jazz de sempre”.
Levy traça os anos criativos e de grande fôlego artístico de Billie Holiday, entre 1938 e 1941, quando inaugurou uma estrela com o seu nome no passeio da fama, em Hollywood, na Califórnia, o ano da entrada dos Estados Unidos na II Grande Guerra.
“A sua carreira afundou-se, entretanto, até 1944, quando assinou com a [discográfica] Decca e gravou um dos seus maiores êxitos, ‘Lover man (Oh, where can you be)’, que foi a sua última gravação" em estúdio, e que faz parte do disco comemorativo.
O estudioso afirma que a carreira da cantora “acompanha [então] a conturbação do pós-guerra, com problemas de saúde e toxicodependência, tendo até sido presa pela polícia”, acabando por morrer em Nova Iorque, no dia 17 de julho de 1959, quando estava hospitalizada sob custódia policial.
Billie Holiday é o nome artístico de Eleanora Fagan, nascida no dia 7 de abril de 1915, em Filadélfia, na Pensilvânia, a quem o músico e compositor seu amigo, Lester Young, apelidou de “Lady Day”.
O disco inclui, entre outros, a gravação da canção “Summertime”, do drama musical “Porgy & Bess”, de Georges Gershwin, que a cantora gravou com a sua orquestra em 1938, “These foolish things”, que gravou com a orquestra do pianista Teddy Wilson, em 1936, e, deste mesmo ano, o original “Billie’s blues”.
A orquestra de Teddy Wilson foi uma das formações privilegiadas na carreira da cantora, em particular na década de 1930, à semelhança do trabalho com o saxofonista Lester Young.
Do alinhamento do álbum fazem ainda parte “Why was I born?”, “I must have that man”, “Mean to me”, “All of me”, “Fine and mellow” e “What a litle moonlight can do”.
@Lusa
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