O grupo – recorde-se – apresentou o seu novo disco, “Songs of Innocence”, terça-feira à noite, no final do evento de lançamento dos novos iPhones e do Apple Watch, em Cupertino. O mesmo foi oferecido, em formato digital, a todos os subscritores do site oficial da banda e a mais de meio bilião de clientes da iTunes Music Store em todo o mundo, numa manobra semelhante à realizada por Jay Z, que efetuou uma parceria com a Samsung para a edição do seu álbum “Magna Carta Holy Grail”. A sua edição física está prevista para 13 de outubro próximo, mas a banda parece já estar a pensar no seu sucessor.
“Se gostam do ‘Songs of Innocence’, fiquem connosco para o ‘Songs of Experience'. Deverá estar pronto em breve”, escreveu Bono. “Embora eu saiba que já disse isso antes”, brincou, em referência a “Songs of Ascent”, suposto sucessor de “No Line on the Horizon”, que nunca chegou a ser editado.
Na publicação, também foi referida a parceria efetuada com a Apple: “Lembram-se de nós? Tenho o prazer de anunciar que eu, o Edge, o Adam e o Larry demos, finalmente, à luz o novo novo bebé… Songs of Innocence. Já lá vai algum tempo. Quisemos que ele ficasse perfeito para vocês/nós. Acabámo-lo apenas na semana passada e graças à Apple e ao iTunes está com vocês hoje”.
Bono continuou: “Parte do ADN desta banda sempre foi o desejo de fazer chegar a nossa música ao maior número de pessoas possível. Nas próximas 24 horas, mais de meio bilião de pessoas vão ter o ‘Songs of Innocence'... Isso é tão excitante. Pessoas que nunca ouviram a nossa música, ou que não estavam remotamente interessadas, poderão ouvir-nos pela primeira vez porque estamos na sua biblioteca. Fãs de música country, aficionados do hip hop do leste de Los Angeles, os electro poppers de Seoul, os fãs de Bhangra de New Delhi… poderão sentir-se tentados a ouvir-nos, mesmo por um só momento. Que situação tão alucinante do século 21”.
Bono explicou ainda que a Apple comprou o “Songs of Innocence” como forma de agradecer aos seus utilizadores pela sua afiliação e que a banda foi devidamente compensada. “Em jeito de celebração do 10º aniversário do nosso anúncio do iPod, eles compraram-no como um presente para os seus clientes. Gratuito, mas pago. Porque, se ninguém pagar nada por ele, não temos a certeza que a música gratuita seja realmente gratuita. Normalmente tem um custo para a forma de arte e para o artista… o que tem grandes implicações, não para nós, nos U2, mas para os futuros músicos e para a sua música… para todas as canções que ainda vão ser compostas pelos talentos futuros… que precisam de ganhar a vida para as escrever”.
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