O álbum, que tem o título provisório de "Divine Proportion", estará concluído em dois meses, explicou à AFP o artista, abertamente crítico do regime comunista.

Pintor, fotógrafo, escultor e arquiteto, o provocador artista amplia com a música o seu campo de atividade, mas admite as suas limitações nesta área. "Não toco nenhum instrumento. Canto e escrevo as letras das canções. Um amigo compôs a música".

O dissidente explicou que descobriu o hard rock "há pouco". "Não tenho um grupo favorito. O meu grupo favorito será eu mesmo".

Ai Weiwei foi detido e permaneceu incomunicável entre abril e junho de 2011, o que provocou uma onda de indignação no mundo. Durante a detenção, foi proibido de ouvir música, disse nesta terça-feira.

O artista, de 55 anos e fã das redes sociais, nas quais comenta diariamente a atualidade chinesa, vive desde então sob vigilância policial e não pode deixar o país.

No ano passado, Weiwei divulgou na internet uma paródia do êxito "Gangnam Style" e explicou que para o seu disco também gravará vídeos, embora sem inspirações como o rapper sul-coreano Psy.

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