De acordo com o diretor da Associação Cultural de Tondela (Acert), José Rui Martins, o espetáculo que marca o arranque do Tom de Festa, no dia 14, vai ser um dos momentos mais altos do festival, onde, para além da música dos três jovens com raízes em Tondela, marcará presença uma forte componente visual.
Este momento artístico serve ainda para celebrar os 500 anos do foral de Besteiros, tendo sido agendado para "um espaço simbólico e evocativo, como é o Largo dr. Ferraz de Carvalho".
Durante a apresentação da 25.ª edição do Tom de Festa, que decorre em Tondela de 14 a 18, José Rui Martins evidenciou que este é um festival com um programa que "tem a música como charneira", estendendo-se à literatura, artes plásticas, divulgação de produtos locais ou de projetos pouco conhecidos do grande público.
"No Tom de Festa criaremos espaços para as pessoas poderem constatar que há outras coisas que não têm a visibilidade de um concerto nem a sonoridade de um cartaz, mas que sem elas a vida cultural não era a mesma. É o somatório de todas estas coisas, pois se se confinar apenas ao espaço do concerto, deixa a sua matriz que é a multiplicidade de atuações", sustentou.
No Jardim Novo Ciclo será criado o Auditório de Cortiça SOFALCA, para onde estão agendados lançamentos de livros, uma prova de vinhos e a demonstração das capacidades do robot "Au Gaciar" do Clube de Robótica da Casa do Povo de Molelos.
No dia 15, o jardim da ACERT acolhe um espetáculo da companhia da Casa - Trigo Limpo - intitulado "ODE & CEIA - O porco é um bísaro e come-se".
No terceiro dia do festival, a 16, sobe ao palco um grupo mexicano, Jenny & the Mexicats, e o instrumentista Amadeu Magalhães, que apresenta o seu último trabalho.
A 17, é a vez da guineense Karyna Gomes apresentar uma sonoridade entre a música urbana e a tradição popular; continuando a viagem musical até ao Brasil, com Samba Sem Fronteiras.
"No mesmo dia, teremos ainda a Orquestra Típica Fernández Fierro (Argentina). Vai ser uma das grandes novidades, interpretando o tango de uma forma frenética, criativa e inovadora", destacou José Rui Martins.
O último dia do festival é "internacionalmente português", subindo ao palco Capicua e Fernando Meireles, "um dos maiores construtores de instrumentos tradicionais portugueses, que vem com o filho, o Fernandito, de 13 anos, um promissor violinista da atualidade".
A noite de 18 será ainda marcada pela atuação dos Clã, num regresso ao Tom de Festa, onde já estiveram há mais de uma dezena de anos.
"Contamos receber diariamente mais de mil pessoas. Conseguimos reunir um conjunto de boas razões para que as pessoas passem pelo Tom de Festa", concluiu.
@Lusa
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