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O que a Disney (já) mudou em "Star Wars"

L.S.
23 nov 2015 14:52
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Este artigo tem mais de 9 anos
Depois de comprar os direitos de "Star Wars" a George Lucas, a Disney está a mostrar que pretende mesmo fazer uma revolução na "galáxia muito muito distante" ainda antes da estreia de "O Despertar da Força".
  • Depois de comprar os direitos de "Star Wars" a George Lucas, a Disney está a mostrar que pretende mesmo fazer uma revolução na "galáxia muito muito distante" ainda antes da estreia de "O Despertar da Força".
  • Para além de “O Despertar da Força” estrear em dezembro, o que é revolucionário (os outros abriram sempre em maio), a Disney deixa indícios que a história pode bem continuar para lá do episódio IX e 2019. Nove filmes foram a grande ambição de George Lucas, mas em 1999, quando estreou “A Ameaça Fantasma”, ele declarou que a história que queria contar se concluía com aquela nova trilogia. Além disso, com 61 anos, sinalizou que não podia avançar com outra pois ocupar-lhe-ia mais 12 anos de vida.
  • A Disney desenvolveu a “Antologia Star Wars”, filmes separados dos “Episódios” para abordar outros aspetos da galáxia para além dos que envolvem os Skywalker. O primeiro”, “Rogue One”, é sobre a história dos rebeldes que roubaram os planos de construção da Estrela da Morte antes do “Episódio IV: Uma Nova Esperança” e o segundo será sobre o jovem Han Solo. Poderá ainda surgir outro em redor do caçador de recompensas Boba Fett. Desta forma, o estúdio mantém o interesse dos fãs em alta no intervalo entre os episódios oficiais.
  • Com a entrada da Disney, chegou ao fim a série de animação “Clone Wars”, que abordava os três anos de história entre os episódios II (“Ataque dos Clones”) e III (“A Vingança dos Sith”) e era exibida no canal rival Warner Bros. Outros projetos foram cancelados antes de irem para o ar. Agora existe “Rebels”, que se passa 14 anos após o episódio III e cinco anos antes de “Uma Nova Esperança”, exibido no canal Disney. Outros estão a ser ponderados, provavelmente envolvendo a Netflix.
  • As duas trilogias já foram lançadas de todas as formas e feitios em VHS, BETA, LaserDisc, DVD e Blu-ray, com mais conteúdos para levar os fãs a comprar o mesmo mais do que uma vez (e já nem falamos nas alterações que George Lucas foi fazendo aos filmes). A Disney avançou em em abril com as edições digitais, curiosamente sem fazer novas alterações aos filmes. Uma tradição de vender o mesmo várias vezes para manter o interesse dos fãs...
  • Entre o lançamento de “A Guerra das Estrelas” em 1977 e a venda à Disney em outubro de 2012, estima-se que a saga tenha rendido 38 mil milhões de dólares. Pelo menos 975 são do merchandising. E parece que a Disney já recuperou os quatro mil milhões da compra com uma restruturação de todo o marketing em redor disso, nomeadamente com o Force Friday de 4 de setembro, quando foi colocado à venda pela primeira vez o merchandising de “O Despertar da Força”.
  • No final dos anos 1980, uma editora pedia autorização à LucasFilm para criar uma trilogia de livros cuja história teria lugar após o “O Regresso de Jedi” (o episódio 6). O lançamento em 1991 de “Star Wars: Herdeiro do Império” (Publicações Europa-América) foi o início de um filão inacreditável: livros, contos, comic books, etc. A nova liderança na LucasFilm na Disney decidiu colocar em ordem essa extensão do universo, tantas vezes confusa e até contraditória e recomeçar do zero, sintetizando as duas trilogias que existem e lançando pistas para o que vem a seguir.
  • Pablo Hidalgo é um dos membros do Lucasfilm Story Group, um grupo de painalistas que reúne individualidades que conhecem os elementos narrativos mais obscuros do universo Star Wars e a nova equipa de gestão na LucasFilm. A intenção é prestar auxílio a todos os escritores, editores e realizadores que preparam novos capítulos da saga, sejam eles livros, jogos e até filmes, evitando deixar pontas soltas ou contraditórias no universo estendido. Afinal de contas, como recordam os responsáveis, cada lançamento pode ser a introdução de um novo potencial fã à saga.
  • A Dark Horse Comics era a editora dos comic books desde 1991, quando avançou com os quatro números de “Dark Empire”, em que a história decorria após “O Regresso de Jedi”. Agora, centralizando tudo, a licença acabou e passou para a Marvel, que naturalmente pertence à Disney. Curiosamente, a editora que começou por publicar os comic books logo em 1977.
  • A divisão do império de George Lucas dedicada aios videojogos chegou a ser a mais importante do setor, criando títulos que nada tinham a ver com “Star Wars”, mas depois essa passou a ser a principal produção e a marca começou a perder influência. De tal forma que a Disney mantém agora apenas o nome e acha que compensa mais licenciar os produtos “Star Wars” a outros empresas do que estar a investir milhões para desenvolver os seus próprios jogos.
  • Em 1987 abriu na Disneyland o primeiro simulador “Star Wars” e outras se lhe juntaram, mas claro que a saga tem potencial para muito mais no campo das atrações. Agora, está a ser desenvolvido o Star Wars Land, que terá lugar num planeta nunca visto e onde os visitantes poderão embarcar na Millennium Falcon e interagir com extra-terrestres. O problema é que só deve abrir em 2021.
 
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