Dividido em duas partes -a segunda estreará na Itália no dia 10 de maio -, o filme "Loro" (Eles, em tradução livre), ilustra uma sociedade italiana imoral e ambiciosa.
Centrado no período que vai de 2006 a 2011, quando o primeiro ministro Berlusconi costumava organizar nas suas mansões festas com belas mulheres, muitas delas prostitutas, o filme descreve uma época de escândalos sexuais e judiciais protagonizados pelo político milionário. Sexo, drogas e prostituição transformam-se numa cultura de massas e no passaporte para chegar aos salões do poder e à riqueza.
O primeiro filme foi em parte inspirado na história do empresário Gianpaolo Tarantini, interpretado pelo ator italiano Riccardo Scamarcio com o nome de Sergio Morra, que na vida real organizou as festas eróticas de Berlusconi com prostitutas e que atualmente está preso por tráfico de drogas.
"Loro" retrata com o olhar de Sorrentino a sociedade "berlusconiana" e resulta numa alegoria desconcertante do poder, de como ele encanta e engana.
"Sou italiano e quero fazer um filme sobre os italianos. Berlusconi é um arquétipo da 'italianità' e, através dele, pode contar-se como são os italianos", comentou Sorrentino há alguns meses.
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