Em 1998,
James Cameron fez história nos Óscares, não só pelo grito de «I'm the king of the world» que ficou na memória de todos, como pelo facto do seu filme
«Titanic» ter conquistado 11 Óscares, igualando um recorde estabelecido quatro décadas antes por
«Ben-Hur».
Nascido James Francis Cameron a 16 de Agosto de 1954 no Canadá, o cineasta sempre teve um interesse profundo pela tecnologia e pelos efeitos visuais, tanto que só resolveu largar a profissão de camionista e entrar na indústria do cinema em 1977 após ter visto
«A Guerra das Estrelas».
Nos primeiros tempos, trabalhou para Roger Corman em várias capacidades na área dos efeitos especiais, até este lhe dar a primeira oportunidade de realização,
«Piranha 2: O Peixe Vampiro», em 1981.
Se este filme rapidamente caiu no esquecimento, o que fez a seguir ficou para a história:
«O Exterminador Implacável», de 1984, foi um êxito surpreendente e estabeleceu logo as principais coordenadas do seu cinema. Nesse filme, em que surgiu a personagem mais icónica de
Arnold Schwarzenegger, havia já uma figura feminina forte no centro da acção, um argumento de sua autoria muito bem elaborado, uma reflexão sobre a relação do homem com a tecnologia como pano de fundo, uma tentativa de fazer os efeitos visuais darem um passo em frente embora sempre ligados com a história a ser contada, e um ritmo narrativo verdadeiramente endiabrado.
A partir desse primeiro sucesso, Cameron nunca mais falhou.
«Aliens - O Recontro Final» (1986),
«O Abismo» (1989),
«Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento» (1991),
«A Verdade da Mentira» (1994) e, claro,
«Titanic» (1997). E apesar das notícias de constante tensão durante as rodagens e dos orçamentos cada vez mais milionários, os filmes foram sempre sucessos colossais, a culminar com
«Titanic», que se tornou então o maior êxito de sempre e o recordista dos Óscares.
Na última década, Cameron abandonara as luzes da ribalta para se dedicar aos documentários sobre as profundezas do oceano, ao mesmo tempo que desenvolvia a tecnologia para realizar o seu sonho seguinte:
«Avatar». Com recurso a uma inovadora tecnologia de «motion capture» e de 3 Dimensões, o filme devastou bilheteiras pelo planeta fora e ultrapassou
«Titanic» no campeonato do filme com maiores receitas brutas de sempre. O Globo de Ouro de Melhor Filme (Drama) e Melhor Realizador também lhe foi parar às mãos, portanto a única incógnita agora é saber se Cameron repetirá na cerimónia de 2010 o brilharete que fez na de 1998.
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