
Alana Hadid, a irmã mais velha das supermodelos Gigi e Bella Hadid, ajudou a criar uma nova plataforma de streaming de filmes para levar as perspectivas palestinianas a um público global, confirmaram os seus fundadores na quinta-feira.
A Watermelon+ foi lançada no Festival de Cinema de Cannes no mesmo dia em que mais de 100 pessoas foram mortas em ataques israelitas em Gaza. Pelo menos 80 morreram na quarta-feira.
"A menos que consigamos que as vozes (palestinianas) se manifestem, nada vai mudar", disse Badie Ali, um dos dois irmãos palestinianos nascidos nos EUA que fundaram a plataforma, onde Hadid é diretora criativa.
Modelo e ativista, o seu pai, o promotor imobiliário Mohamed Anwar Hadid, é palestiniano.
Mostrar perspectivas palestinianas "negligenciadas ou silenciadas" era particularmente importante nos EUA, um aliado de Israel, insistiu Ali.
A plataforma oferece cerca de 60 filmes, incluindo vários que se passam em Gaza.
Eles abrangem desde o documentário premiado com o Emmy "Five Broken Cameras" (2011) até à animação documental "The Wanted 18" (2014), baseada na história real cómica de moradores da Cisjordânia que escondiam vacas dentro das suas casas das tropas israelitas durante a Primeira Intifada.
O cofundador Hamza Ali disse que o objetivo era humanizar os palestinianos.
"É a desumanização e o apagamento que contribuem para as políticas", disse.
"Somos mais do que o nosso sofrimento. Somos um povo acolhedor, hospitaleiro, criativo e divertido."
Os bombardeamentos israelitas matou mais de 53 mil pessoas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, e um bloqueio humanitário também ameaça causar fome.
Líderes israelitas expressaram o desejo de esvaziar o território dos seus mais de dois milhões de habitantes como parte da guerra desencadeada pelo ataque do grupo militante palestiniano Hamas contra Israel a 7 de outubro de 2023.
O ataque sem precedentes resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelita.
Na quinta-feira, o presidente Donald Trump disse que queria que os EUA "tomassem" Gaza e a transformassem numa "zona de liberdade". No início deste ano, disse que queria transformá-la na "Riviera do Médio Oriente".
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