
O estúdio japonês Ghibli que ganhou dois Óscares de Melhor Longa-Metragem de Animação, festeja 40 anos este mês.
Aqui estão os cinco filmes favoritos do estúdio que encantaram os fãs ao longo das décadas...
"Nausicaä do Vale do Vento" (1984)

O estúdio Ghibli foi fundado em 1985, mas esta história pós-apocalíptica, com uma jovem princesa independente e curiosa sobre insetos gigantes, é considerada o seu primeiro filme.
Baseava-se numa série de histórias em banda desenhada que o cofundador da Ghibli, Hayao Miyazaki, escreveu para uma revista direcionada para fãs de anime.
Situada mil anos após uma guerra que destruiu a civilização humana, a história decorre num vale protegido do ar tóxico emitido por florestas venenosas.
Miyazaki foi aclamado pela crítica e conquistou fãs de culto pelo filme sobre Nausicaä, que descobre os segredos da floresta após envolver-se em conflitos entre países a tentar reviver um letal "guerreiro gigante".
"O Meu Vizinho Totoro" (1988)

Este adorado clássico do Ghibli decorre na zona rural japonesa dos anos 1950, onde duas jovens irmãs com a mãe doente transferem-se da cidade.
Elas encontram o simpático e misterioso espírito da floresta, Totoro, e Catbus, um gato sorridente de 12 patas com um corpo oco em forma de autocarro — duas personagens que se tornaram mascotes da Ghibli.
O filme foi transformado numa peça de teatro pela primeira vez pela britânica Royal Shakespeare em 2022.
"A Princesa Mononoke" (1997)

A história de uma rapariga criada por uma deusa-loba numa floresta ameaçada por humanos foi um sucesso estrondoso no Japão e elevou internacionalmente a fama de Miyazaki.
Um jovem príncipe numa jornada para encontrar a cura para a sua maldição conhece San, também conhecida como Princesa Mononoke — que significa espírito ou monstro em japonês.
O príncipe parte em busca de formas de evitar guerras entre humanos destrutivos e deuses animais, centradas à volta do deus supremo que é a própria natureza.
A especialista em Ghibli e professora da Universidade Tufts, Susan Napier, descreveu "A Princesa Mononoke" à France-Presse como um filme "sério, sombrio e violento".
"A Viagem de Chihiro" (2001)

Miyazaki ganhou o seu primeiro Óscar com este filme sobre uma rapariga que se perde num mundo místico de deuses e espíritos, onde tenta salvar os seus pais, transformados em porcos.
Para sobreviver, Chihiro, de 10 anos, recebe de um rapaz misterioso a proposta de conseguir um emprego numa enorme casa de banho japonesa administrada por uma bruxa.
Numa história imbuída de crenças e tradições japonesas, Chihiro ganha confiança através do seu trabalho e desvenda a maldição do rapaz antes de resgatar os seus pais.
"O Rapaz e a Garça" (2023)

O segundo filme vencedor do Óscar de Miyazaki — e provavelmente a última longa-metragem do cineasta de 84 anos — acompanha um rapaz que luta para aceitar a sua nova vida após a morte da mãe no assustador bombardeamento de Tóquio durante a Segunda Guerra Mundial.
Tudo muda quando conhece uma garça falante e embarca numa jornada para um universo alternativo, partilhado por vivos e mortos, para encontrar a sua madrasta desaparecida.
Num documentário, Miyazaki, visivelmente afetado pela morte de Isao Takahata, cofundador do Ghibli, em 2018, disse que o par tinha uma "relação de amor e ódio" e que baseou nele a personagem do tio-avô.
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