Em Fevereiro de 2009,
Joaquin Phoenix surpreendeu o mundo ao surgir de
barba hirsuta, óculos escuros e completamente monossilábico e alienado no «talk show» de David Letterman, para promover
«Duplo Amor» de
James Gray, e falar sobre o facto de ter deixado a carreira de actor para se dedicar à música. Logo aí, houve vozes que questionaram se tudo não passaria de uma encenação do próprio intérprete, para criar uma onda de interesse sobre a nova etapa do seu percurso.
Saber-se-ia logo a seguir que o seu cunhado
Casey Affleck (casado com
Summer Phoenix, irmã do actor) estava a realizar um documentário precisamente sobre os primeiros passos de Joaquin, estando sempre por perto a cada vez que Phoenix fazia alguma aparição em público, invariavelmente bizarra e arrepiante, a meio caminho entre a letargia e a alienação.
«I'm Still Here» é o título do resultado final, que vai agora começar a fazer a ronda dos festivais e que os responsáveis defendem ser 100% verídico, dando aos espectadores um retrato sem qualquer espécie de barreiras do último ano da vida do artista, no seu processo de transição para o mundo da música e a lidar com uma vida passada sob o escrutínio do público.
Verdade ou mentira, aqueles que já o viram concordam que o filme é absolutamente extremo e chocante. Segundo o «L.A. Times», a película mostra Phoenix «a snifar cocaína, a pedir prostitutas, a ter sexo oral com uma publicista, a tratar abusivamente os seus assistentes e cantar mau rap», sublinhando ainda que a fita «tem mais nudez frontal masculina que a de alguns filmes pornográficos gays e uma sequência de dar a volta ao estômago em que alguém que discutiu com Phoenix defeca no actor quando ele está a dormir».
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