O documentário, que retrata o drama dos refugiados que tentam passar da Sérvia para a União Europeia através da Hungria, foi escolhido pelo júri como o melhor filme internacional do género exibido no festival de Leiria. "Conta uma realidade nua e crua", notaram os jurados, destacando o "arrojo" e as "emoções que consegue despertar".
O impacto do filme na audiência valeu-lhe também o Prémio do Público, cativando 45% dos votos.
Ainda no documentário, a melhor curta nacional foi "Em lugar algum", de Inês Sá Frias e Leandro Martins, que retrata o quotidiano itinerante de duas crianças de uma família que vive do circo.
Na ficção, o prémio internacional do Leiria Film Fest foi entregue a Oskar Rosetti, por "Tsar Bomba", descrito pelo júri como "um murro no estômago" e uma "colisão frontal de realidade" pela história de "intensidade singular".
"California", de Nuno Baltazar, "uma história dolorosa" de uma mãe e de uma filha, ganhou o prémio para melhor ficção nacional. Na secção de animação, "Neko no hi" recebeu o prémio internacional. O filme de Jon Frickey conquistou o júri com "uma história simples e fantasiosa" que revela "extraordinária plasticidade no ecrã".
Entre os filmes nacionais, "No return", de Carlos Filipe e Diogo Cordeiro, foi considerada a melhor curta nacional, por ser uma “história bem contada, bem delineada, com um twist imprevisível".
A nível local, o melhor filme de Leiria foi "A estranha Casa na Bruma", de Guilherme Daniel.
A edição de 2019 do Leiria Film Fest foi a maior de sempre, tendo recebido cerca de mil filmes candidatos aos prémios.
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