Arquiteturas Film Festival muda-se para o Porto em 2022, depois de a organização ter sido assumida exclusivamente pelo projeto cultural Instituto, numa edição que se realiza de 27 de setembro a 1 de outubro.
A 9.ª edição do festival de cinema acontece sob o mote “Slow Down!” e “reflete sobre a ideia de ‘abrandamento’, ainda que isso implique demolir, reduzir, reutilizar ou subtrair a arquitetura”, explica a organização, num comunicado enviado à agência Lusa.
Na mudança para o Porto, cidade que já tinha funcionado como “satélite” do certame que acontecia em Lisboa, Paulo Moreira, fundador do projeto cultural dedicado às artes visuais e arquitetura Instituto, assume a direção.
Durante cinco dias, o evento será “uma presença incontornável em locais emblemáticos da cidade”, com uma programação assente em quatro eixos: “programa oficial, programa da instituição convidada, programa de competição e programa experimental”.
O programa oficial tem curadoria de Catarina de Almeida Brito e “traz ao renovado Batalha Centro de Cinema, cuja reabertura está prevista para esse mês, uma reflexão sobre o tema ‘Slow Down!’”.
Ao contrário do que acontecia em edições anteriores, em que havia um país convidado, o festival passa agora a ter uma instituição convidada, que este ano é o Centre for Documentary Architecture (CDA), fundado pela alemã Ines Weizman, que “junta arquitetos, cineastas, artistas, programadores, historiadores e outros amantes de arquitetura, para refletir sobre a noção de arquivo”.
Esse eixo será desenvolvido “através da apresentação de filmes, debates e uma exposição na Fundação Marques da Silva (FIMS), que poderá ser visitada durante o festival”.
A coordenação do programa de competição cabe a Sofia Mourato, e as candidaturas para esta secção decorrem até 30 de junho.
Podem candidatar-se “curtas-metragens, longas, documentários, filmes de animação e experimentais - todos os formatos são bem-vindos”, garante a organização.
As categorias a concurso são: “Melhor Documentário”, “Melhor Filme de Ficção”, “Talento Emergente”, para o melhor primeiro filme, e “Prémio do Público”.
“Esta edição traz outra novidade: o Prémio de Consciência Social, atribuído a filmes engajados com causas sociais em relação com a arquitetura ou o urbanismo”.
Também novidade é o programa experimental, com curadoria de Mariana Pestana, que acontece no Instituto, na Rua dos Clérigos.
O festival concebido pela Do You Mean Architecture e pelo Instituto é agora dirigido pelo projeto cultural portuense, deixando Lisboa, onde aconteceram as outras oito edições, para assumir como casa o Porto.
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