Ninguém o esperava, mas a história do cinema é feita de surpresas:
«Amigos Improváveis», um filme sobre a relação invulgar entre um tetraplégico e o ex-delinquente que trata dele, tornou-se a segunda película francesa mais vista de sempre, com mais de 19 milhões de espetadores no país, só atrás de
«Bem-Vindo ao Norte», que em 2008 vendeu 20 milhões e meio de bilhetes no hexágono.
«Amigos Improváveis» conta a história de Driss, um jovem ex-delinquente de ascendência senegalesa que aceita a contragosto um emprego a tomar conta do milionário tetraplégico Phillipe, com o qual acaba por estabelecer uma relação de amizade tão improvável como tocante divertida.
Eric Toledano e
Olivier Nakache escreveram e realizaram o filme a partir de uma história real, mas nem eles sonhavam com o sucesso que a película recebeu, até porque nem os realizadores tinham um currículo de sucesso nem o filme está recheado de estrelas, com exceção de um dos dois protagonistas,
François Cluzet, que interpretou o tetraplégico Phillipe.
Mesmo assim, o ator que mais surpreendeu foi o outro protagonista,
Omar Sy, que apesar de ter alguns trabalhos em televisão e cinema, tem aqui o seu primeiro grande êxito, de tal forma que conseguiu arrebatar o César de Melhor Ator a
Jean Dujardin num cerimónia completamente dominada por
«O Artista».
Nas salas de cinema portuguesas, «Amigos Improváveis» tem também uma característica invulgaríssima para um filme que não é infanto-juvenil: tem três cópias dobradas em português para tentar abarcar um leque mais largo de público.
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