A Netflix disparou mais de 10% nas transações eletrónicas fora da hora esta terça-feira, dia 19 de janeiro, depois do encerramento de Wall Street, após anunciar que superou os 200 milhões de subscritores em todo o mundo.
"Consideramos que não precisaremos de mais investimentos externos para financiar as nossas operações quotidianas", anunciou a empresa em comunicado, após o qual as suas ações subiram 10% nas transações posteriores ao encerramento da bolsa nova-iorquina.
A Netflix revelou ter conquistado 37 milhões de novos subscritores no ano passado, dos quais 8,5 milhões no último trimestre, continuando a aumentar o seu espaço num mercado no qual já é líder.
No quarto trimestre de 2020, obteve um lucro líquido de 542 milhões de dólares, inferior em 40 milhões de dólares em relação ao mesmo trimestre de 2019. O volume de negócios trimestral da Netflix cresceu 21,5%, para 6,6 mil milhões de dólares.
A plataforma de streaming praticamente dobrou o seu número de assinantes em dois anos: de 111 milhões em 2018, passou para quase 204 milhões no fim de 2020. O lucro médio por assinante passou de 9,88 dólares para 11,02 dólares, disse a empresa.
Assim como todas as gigantes da tecnologia, a Netflix beneficiou das restrições às deslocações impostas em vários países contra a pandemia da COVID-19. Mas também enfrenta desde o ano passado uma concorrência maios forte. O Disney+ superou os 85 milhões de assinantes em apenas um ano e outros serviços de vídeo também elevaram o seu número de clientes.
"É um período genial para consumir entretenimento com muitas opções. Da televisão clássica aos videojogos e até aos conteúdos das redes sociais, como o YouTube e TikTok", disse a Netflix. "Vamos continuar a trabalhar para aumentar o nosso tempo de permanência no ecrã contra os grandes concorrentes", acrescentou.
A plataforma teve em 2020 "o seu melhor ano" e em 2021 continuará a crescer "com importantes estreias já previstas", comentou Eric Haggstrom, analista da empresa eMarketer. "Por enquanto, é o grande vencedor da batalha pelo streaming", acrescentou.
A empresa quer também confirmar que não depende dos seus mercados tradicionais: mais de 80% dos novos assinantes do ano passado eram de fora da América do Norte.
Para o primeiro trimestre de 2021, a Netflix espera somar outros seis milhões de assinantes.
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