“Zé Pedro foi uma figura marcante da cultura portuguesa. Deixa na música popular e no rock uma marca inestimável, não apenas enquanto músico, mas também como divulgador de centenas de bandas e projetos que, com o seu contributo, se apresentaram em palco, em disco ou na rádio”, enaltece o BE, em comunicado.
Os bloquistas recordam “Zé Pedro pelo seu contributo musical e pelo seu compromisso cívico, que se cruzou com o Bloco de Esquerda em lutas determinantes contra a guerra, pela descriminalização do aborto e em defesa dos direitos socais”.
“Por tudo isto, Zé Pedro foi e continuará a ser um exemplo de frontalidade, irreverência, insubmissão. O Bloco de Esquerda manifesta o seu pesar pelo falecimento, endereçando aos Xutos & Pontapés, à família e amigos as suas condolências”, conclui.
O guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, morreu hoje, em Lisboa, aos 61 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.
Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, no final do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares”, como recordou num dos capítulos da biografia “Não sou o único” (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
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