Em 2o12, com a ajuda de Tiësto, MOTi foi catapultado para o grande público, fazendo agora espectáculos em todo o mundo. Três anos depois, o holandês chega a Portugal e a um dos maiores sunsets da Europa: o RFM SOMNII, na Figueira da Foz, onde esteve à conversa com o SAPO On The Hop depois de um espectáculo e uma viagem que o deixaram quase sem dormir. É assim a vida de DJ.

Moti
Moti

SAPO On The Hop: É a tua primeira vez aqui, em Portugal...

MOTi: Sim, sim...

Exato, também não tinha encontrado nenhuma referência de um espetáculo passado cá. Por isso, como é que te estás a sentir até agora?

Chegámos mesmo agora, tivemos um espetáculo em França até às 4h da manhã [risos] Depois fomos diretamente para o aeroporto de lá para cá, sem dormir nada, mas parece ser fantástico! Gosto do tempo e as pessoas são espetaculares, eu vi um pouco do público na avenida principal, e estou muito ansioso para subir ao palco.

Estás habituado a tocar mais em sunsets ou mais em discotecas?

Estava habituado a fazer ambas as coisas, mas acho que nos últimos dois anos fiz praticamente só festivais. A coisa boa é que tenho cada vez melhores set times (hora em que faz o espectáculo): ao início começas bem cedo mas depois vais escalando.

Mas tu adaptas os teus sets à altura do dia em que os tocas? Isto é, talvez tornar um set de tarde mais chill e um à noite mais impactante?

Sim! Todos os sets são diferentes para mim. Preparo-me para diferentes tipos de espectáculos. Depende de quantas pessoas estão lá... depois eu também faço muitas faixas novas, então tenho sempre de as adicionar ao meu set. Dependendo da hora em que eu toca, troco a ordem em que toco as músicas. Quero principalmente que as pessoas ouçam a minha música, por isso se eu começo cedo com pouco público, guardo as minhas canções para o final do set.

Primeiro conquistas o público e depois é dás a conhecer as tuas músicas...

Sim, exatamente!

Tornaste-te mais popular em 2012. Daí até agora o que mudou?

Nunca estou em casa e sempre cansado [risos] Não, mudou para o melhor, claro! Tens de trabalhar no duro, as coisas tornam-se mais sérias mas também dá para festejar muito. Estou a fazer aquilo que adoro. I love it!

Quando estás a fazer novas faixas tentas experimentar novos géneros de músicas ou tens um fio condutor muito definido?

Tento um pouco de tudo.  Comecei por fazer faixas de big room EDM e ainda faço esse tipo de música, mas muda sempre um pouco. Tento experimentar coisas novas, não sei é se vos posso dizer muito sobre isso... Vou fazer alguns lançamentos numa editora maior que será completamente diferente de big room EDM. Vou continuar a produzir big room, mas gosto de ir mudando um pouco. Houve uma vez que lancei uma faixa de trap!

Foi o Tiësto que te ajudou a lançar. Gostarias de um dia alcançar o estatuto que ele tem?

Sim, ele é uma lenda! Porém, a coisa boa do Tiësto é que ele gere a sua carreira de modo a continuar importante na indústria. Ele está há 15 ou 20 anos com este tipo de fama e continua a esgotar espectáculos. Esse é o verdadeiro sonho tornado realidade. (...) Ele lança músicas que os outros não querem lançar, arrisca e quando acerta é um grande sucesso.