“Frente.Verso.Inverso” é o nome da mostra com arte contemporânea dos países de língua portuguesa que abre ao público, na quarta-feira à tarde, na galeria de exposições da sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e que conta com obras do antigo Presidente da República de Timor-Leste Xanana Gusmão, do atual ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, e de Malangatana.
Entre os 54 artistas contemporâneos de língua portuguesa contam-se a brasileira Adriana Varejão, que já expos na Bienal de S. Paulo, na Tate Modern, em Londres, e no MoMa, em Nova Iorque, a artista plástica e performer Rita GT, a única portuguesa patente na Bienal de Lagos (Nigéria), em 2017, o escultor moçambicano Alberto Chissano, e o escultor pintor e desenhador português Ângelo de Sousa.
O pintor e professor modernista Rolando Sá Nogueira, o arquiteto e artista plástico português Manuel Botelho são outros dos artistas com obras patentes nesta mostra que reúne trabalhos de 14 coleções.
A Associação de Coleções The Berardo Collection, O Centro de Arte Manuel de Brito, a coleção de Caixa Geral de Depósitos, a Coleção Lusofonias | Casa da Liberdade - Mário Cesariny, a Coleção do Museu Nacional de Arte Contemporânea, a Coleção de Fotografia Contemporânea do Novo Banco e a Fundação Oriente contam-se entre as representadas na mostra.
A exposição “pretende dar uma visão alargada da arte desenvolvida por artistas de várias gerações do século XX que, em momentos e contextos díspares, com recurso a múltiplas linguagens da criação artística, da pintura ao desenho, da escultura ao vídeo e à instalação, nos trazem abordagens distintas sobre o mundo lusófono”, lê-se na folha de sala da mostra, que tem curadoria de Adelaide Ginja, do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC).
“Nesses diferentes olhares, encontramos aquilo que podemos designar como: Frente, o rosto de algo, a expressão mais direta que permite traçar o perfil de aparência, seja num registo cru ou poético; Verso, a face posterior que tende a ser ocultada, o outro lado que passa despercebido e que importa revelar; Inverso, que alude para o contrário, mas como todos sabemos o inverso nem sempre é verdadeiro, muito menos literal”, acrescenta a curadora na folha de sala.
A exposição – cuja inauguração, segundo fonte da UCCLA, está prevista para 18 de setembro - é visitável de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 18:00, até 13 de novembro. Os artistas expostos são oriundos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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