O grupo dirigido por Jorge Silva Melo divulgou hoje a sua programação, que inclui uma digressão nacional da peça de Arthur Miller, até 1 de março.
“A restante programação será anunciada em breve”, disse à agência Lusa fonte da companhia, referindo que “apenas não foi possível, até à data, tomar todas as decisões sobre a programação, dados os atrasos na comunicação dos resultados dos apoios sustentados às artes”.
“O Vento Num Violino”, do argentino Claudio Tolcachir, uma encenação coletiva, sobe à cena no dia 05 de setembro, no Teatro da Politécnica, em Lisboa, que tem sido o palco do grupo, com um elenco constituído por Andreia Bento, Isabel Muñoz Cardoso, Margarida Correia, Pedro Baptista, Pedro Carraca e Sara Inês Gigante.
Esta é uma peça atravessada pelo amor, segundo nota dos Artistas Unidos, e que estará em cartaz até 31 de outubro.
Também em setembro, mas no dia 14, os Artistas Unidos estreiam, no Teatro Viriato, em Viseu, “Do Alto da Ponte”, de Miller, numa encenação de Jorge Silva Melo, com elenco composto por Américo Silva, Joana Bárcia, Vânia Rodrigues, António Simão, Bruno Vicente , André Loubet, Tiago Matias, Hugo Tourita, Gonçalo Carvalho, João Estima, Hélder Braz, Inês Pereira e Sara Inês Gigante, que alternam no papel de “Senhora Lipari”, Romeu Vala, que se desdobra nas personagens “Tony” e “Clandestino”, e Miguel Galamba.
A peça, traduzida por Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho, com cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves, está dois dias em Viseu, 14 e 15 de setembro, e segue em digressão por 12 palcos nacionais.
“Do Alto da Ponte” vai estar em cartaz no Teatro Municipal da Guarda, a 21 de setembro, e em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, no dia 28. Em outubro, sobe à cena, no dia 6, no Centro Cultural do Cartaxo, no Ribatejo, seguindo-se apresentações nos teatros municipais de Vila Real, no dia 19, e de Bragança, no dia 27.
Em novembro, a peça do dramaturgo norte-americano, distinguido com um Prémio Pulitzer em 1949, vai estar em cena no dia 3, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, e de 8 a 25, no Teatro Nacional S. João, no Porto.
No dia 1 de dezembro, a peça sobe à cena no Teatro Aveirense, em Aveiro, e abre o próximo ano com uma temporada no S. Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, onde vai estar em cena de 10 a 27 de janeiro de 2019.
Em fevereiro, de 9 a 11, a peça de Miller está em cartaz no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, e no dia 16 no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, encerrando a digressão no dia 01 de março, no Teatro Municipal de Faro.
Esta peça, escrita em 1955, revela um Arthur Miller (1915-2005) “já mais desiludido, numa altura em que a caça às bruxas do MacCarthismo está com uma força redobrada”, escreve a companhia, referindo-se ao processo desenvolvido nos Estados Unidos, de 1950 a 1956, liderado pelo senador Joseph McCarthy (1908-1957) que desencadeou várias delações, acusações não provadas, denúncias, interrogatórios, processos judiciais irregulares e a criação de uma “lista negra” de pessoas suspeitas de ser comunistas.
De 31 de outubro a 7 de dezembro, no Teatro da Politécnica vai estar em cena “Retrato de Mulher Árabe a Olhar o Mar”, de Davide Carnevali, numa encenação de Pedro Carraca e Jorge Silva Melo, com Inês Pereira, João Meireles, Nuno Gonçalo Rodrigues e Margarida Correia.
A peça é assim descrita pelo grupo: “Uma cidade sem nome, num mundo muçulmano não identificado (não é Médio Oriente, a população não é propriamente árabe; Será Norte de África? Não importa), um homem sem nome com uma profissão entre o lícito e o ilícito, europeu mas não turista, encontra o olhar de uma mulher local, jovem, talvez bonita, talvez livre, vinda de uma família de visões amplas”.
Paralelamente, os Artistas Unidos desenvolvem um programa artístico que prevê a inauguração a 05 de setembro da exposição “Desenhos”, de Catarina Lopes Vicente, que vai estar patente na Politécnica até 31 de outubro.
No dia 31 de outubro, inaugura a exposição “Voltar a ver João Vieira”, que fica patente até 07 de dezembro.
“O João pintou todas as letras de que é feita a poesia. Mostrando nos seus quadros que ler pintura é também ver poesia. É assim que volto a vê-lo todos os dias. E por isso, enquanto eu continuar a poder ver, ele continuará a ser o meu melhor amigo”, afirma o curador desta mostra Hélder Macedo, sobre o pintor que morreu em 2009, aos 84 anos.
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