“Até ao momento, foram instaurados dez processos crime, detidos sete indivíduos, em flagrante delito e ainda identificados mais três indivíduos, em vários pontos do país, designadamente, nas cidades de Coimbra, Maia, Torres Vedras, Porto, Lisboa, Setúbal e Pombal, pela prática do Crime de Especulação, sobre o valor de venda oficial de bilhetes para os concertos, encontrando-se os sites/plataformas a ser objeto de investigação quanto à oferta e disponibilização de bilhetes a titulo especulativo”, referiu a ASAE em comunicado, acrescentando que foram apreendidos 20 bilhetes (12 diários e oito passes de três dias).
Em declarações à Lusa, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, explicou que a ação se insere “numa estratégia que a ASAE já tem desenvolvido nos tempos mais recentes”, de “combater a especulação da venda dos bilhetes acima do valor facial” em “grandes eventos, sejam culturais, musicais ou mesmo desportivos”.
“Os eventos musicais são uma componente importante da nossa atenção, tal como são os fenómenos desportivos, no fundo os grandes eventos onde se coloca uma procura superior à oferta ou onde há condições para que aconteça alguma distorção das regras normais e haja esse aproveito da procura grande e tente beneficiar ilicitamente”, realçou o inspetor-geral.
Os bilhetes em causa, com preços entre 65 e 149 euros, para bilhetes diários e passes, respetivamente, estavam a ser vendidos a valores que iam dos 100 aos 230 euros.
"Há aqui naturalmente uma situação relativamente nova nos tempos mais recentes que é a pesquisa dessa oferta no 'online'. Significa que a publicitação cada vez é feita mais por via do recurso aos meios digitais e consequentemente acompanhamos as novas tendências de veiculação de informação, para depois ser concretizada a transação física e atuar em flagrante nesse tipo de situação", afirmou Pedro Portugal Gaspar.
Segundo a ASAE, os arguidos foram levados a tribunal, tendo sido aplicadas suspensões de processo, na sequência dos pagamentos de valores a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou a realização de trabalho comunitário.
A ASAE recordou ainda que o crime de especulação é punido com pena de prisão até três anos.
O regresso dos Arctic Monkeys a Portugal, com álbum novo editado em maio, marca hoje o primeiro dia da 12.ª edição do festival Alive, que decorre no Passeio Marítimo de Algés, Oeiras, com lotação esgotada.
O regresso dos Arctic Monkeys a Portugal é também um regresso ao palco principal do NOS Alive, onde atuaram em 2014. Desta vez, a banda britânica deverá aproveitar para apresentar temas de “Tranquility Base Hotel & Casino”, o sexto álbum de originais da banda e o mais calmo de todos.
Foto: Mónica Ferreira
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