O juiz encerrou o caso porque demandante, Spencer Elden, não respondeu aos argumentos apresentados pelos advogados dos Nirvana, argumentando que a sua ação era infundada, de acordo com a decisão divulgada hoje.
Spencer Elden tem agora até 13 de janeiro para apresentar recurso, adianta o documento.
“Vamos apresentar um segundo recurso. Estamos confiantes de que Spencer será capaz de fazer mover este processo”, disse à agência de notícias AFP o advogado do denunciante, Robert Lewis.
Fotografado em 1991 com quatro meses de idade, Spencer Elden é retratado, na capa do “Nevermind”, completamente despido numa piscina, olhando para uma nota de um dólar pendurada num anzol.
Com canções como “Smells Like Teen Spirit” e “Come As You Are”, o álbum já vendeu mais de 30 milhões de cópias, tornando-se uma referência do grunge e do rock alternativo.
No final de agosto, um mês antes 30.º aniversário do lançamento do disco, Spencer Elden apresentou uma queixa, alegando que nem ele nem os pais haviam dado qualquer autorização para usar a sua imagem “para exploração comercial de imagens de pornografia infantil de si”.
Spencer Elden, que disse nunca ter recebido uma compensação financeira pela fotografia, pediu uma indemnização de 150.000 dólares (cerca de 133.000 euros) por cada uma das 15 pessoas processadas, incluindo antigos membros dos Nirvana, a ex-mulher de Kur Cobain Courtney Love e o fotógrafo Kirk Weddle.
Numa nota, Kirk Weddle argumentou que “Elden passou três décadas a desfrutar da fama ao autoproclamar-se “Nirvana baby” [bebé Nirvana, em português]”.
“Refez a fotografia em troca de pagamento várias vezes; teve o título do álbum – “Nevermind” – tatuado no peito […], assinou cópias da capa do álbum para vendê-las no Ebay e usou esta ligação [aos Nirvana] para encontrar mulheres”, salientou.
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