Nancy Vieira atua na próxima sexta-feira na Sala de Concertos Saule, em Siauliai, no norte da Lituânia, e no dia seguinte sobe ao palco do Ramybes Kulturos Centras, em Palanga, no noroeste, encerrando a digressão neste país báltico, no domimgo, na capital, Vilnius, onde atua no Kotrynos Baznycia.
A digressão da cantora prossegue no dia 12 na vizinha República da Letónia, atuando em Riga, no VEF Kulturas Pils, e, no dia 14, no Vidzemes, em Cesis, a cerca de 100 quilómetros a nordeste da capital letã, seguindo para a Rússia, onde tem previsto quatro espetáculos.
No dia 17 Nancy Vieira atua no Olympia Palace, em São Petersburgo, no dia seguinte no Icon Red, em Moscovo, no dia 21, no Premio Center Hall, em Nizhny Novgorod, e encerra a digressão pelos palcos russos na Sala de Concertos de Volgogrado.
Nesta digressão a cantora é acompanhada por uma banda composta pelos músicos Rolando Semedo, Osvaldo Dias-Vaiss, Olmo Marín e Miroca Paris.
Nancy Vieira tem outros concertos agendados, nomeadamente, em junho, no dia 17, no De Doelen, em Roterdão, na Holanda, e, no dia 23, no Festival B, em Beja.
O álbum "Manhã Florida" foi produzido pelo músico Teófilo Chantre e sucede a “No Ama” (2012). É constituído por doze temas, um deles totalmente assinado pela cantora, “Porto Inseguro (Coisa Boa)”. Nancy Vieira tinha já assinado um tema no álbum "Lus" (2007), editado pela HM Música.
Em declarações à agência Lusa, a cantora de origem cabo-verdiana afirmou: “Este álbum é a minha cara, em que gravei versões de alguns clássicos, como ‘Mar di Lua Cheia’, de Eugénio Tavares, e outros inéditos, como ‘Fé d'Um Fidju’, de Tiolino, um autor da minha ilha, Boavista, onde estão as minhas raízes”.
Entre os inéditos conta-se ainda, além do da cantora, “Manhã Florida”, de Teófilo Chantre, e “Les Lendemains de Carnaval”, uma letra de Marc Estève, que Teófilo Chantre musicou e cuja interpretação partilha com a cantora pop Raphaële Lannadère, que conheceu num dos espetáculos de homenagem a Cesária Évora (1941-2011), em França.
“Esta canção surge na senda da tradição musical cabo-verdiana, soa a Cabo Verde, é uma mistura de samba à Cabo Verde, com o ritmo da ‘coladera’”, disse Nancy Vieira, que habitualmente canta na sua língua materna, o crioulo.
O álbum abre com "Mi Sem Bo Amor” (Vitorino Chantre/Amândio Cabral) e inclui ainda dois temas, letra e música, do ex-ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio, “Passion” e “Sunha Dor”.
Do alinhamento fazem também parte “Sô Um Melodia” (António Alves), “Bocas di Paiol” (Cesário Duarte), “Bela” (Kaká Barboza), e “Lembrança” (Adalberto Tavares Silva, ‘Betu’).
Referindo-se ao CD, Nancy Vieira afirmou à Lusa que “é um álbum acústico, que quase podia ser de canções para guitarra” e realçou a participação de músicos como Bau, nas guitarras principais, Hernâni Almeida e Teófilo Chantre. Do grupo de músicos que a acompanham fazem ainda parte Zeca Maurício e Zé Paris.
“Manhã Florida” é o quinto álbum da cantora e o segundo que grava para a Harmonia, parceira da Lusáfrica em Cabo Verde.
Em 2014, a cantora fez parte do elenco do álbum “cavaquinho.pt”, de Júlio Pereira.
Nancy Vieira estreou-se discograficamente em 1995, com “Nôs Raça”, seguindo-se várias colaborações, nomeadamente em 1999, no álbum "Música de intervenção Cabo Verdiana: a história da luta de independência de Cabo Verde contada em música", em “A Espuma das Canções” (2005), de Rui Veloso, e no CD "Mentiroso Normal" (2007), da Ala dos Namorados. Pelo meio gravou, em 2004, o seu segundo álbum, "Segred".
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