O músico, que sempre se apresentou como crítico da corrupção, da desigualdade e do neocolonialismo, defensor de uma postura pan-africana, tocará acompanhado pela banda Sekondi.

Gyedu-Blay Ambolley iniciou-se na década de 1970 com o 'Simigwa-Do', um ritmo que, segundo os especialistas, funde o afrobeat com o funk e o jazz.

No concerto de Lisboa, o músico ganês deverá dar preferência aos temas que fazem parte dos mais recentes trabalhos discográficos gravados pelo músico, em 2017 e 2018, “Ketan” e “Message”, respetivamente, com este a retomar temas do álbum histórico de Ambolley.

Atualmente, o músico, compositor e produtor ganês conta com 30 álbuns editados.

Gyedu-Blay Ambolley deu os primeiros passos como baterista e guitarrista, passando ainda pelo baixo, para depois se tornar vocalista tendo, acabando por adicionar o saxofone à sua lista de instrumentos.

O álbum "Simigwa”, lançado em 1978, foi considerado pela crítica um dos mais inovadores do músico ganês, tendo feito de Blay Ambolley o fundador da 'Simigwa Highlife' e, por isso, conhecido desde então como “Simigwahene” (O rei do simigwa).

"The Message", gravado com a banda Zantoda Mak III no início dos anos de 1980, alterou o rumo da música do artista do Gana, já que a partir desta década, deu mais ênfase aos instrumentos eletrónicos.

O resultado foi, segundo especialistas musicais, uma mistura de 'highlife' e de funk, com "sons vanguardistas provenientes dos sintetizadores e das vozes".

O músico recebeu vários prémios ao longo do seu percurso, nomeadamente os prémios de carreira (‘Lifetime achievement’), dos Ghana Music Awards, em 2013, e da Universidade Charles R. Drew, de Medicina e Ciências, na Califórnia, Estados Unidos, e ainda uma distinção do Estado da Califórnia, por "colmatar a lacuna entre África e a música Afro-americana".