A exposição “Todos os Animais” fica patente até 19 de novembro reúne um conjunto de obras realizadas entre 2019 e 2023, selecionadas tendo em consideração as particularidades do espaço expositivo do Museu do Côa, de acordo com a organização.
Em declarações prestadas hoje à Lusa, a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho, disse que esta exposição pretende assinalar o 27.º aniversário da abertura Parque Arqueológico do Vale do Côa e vai ocupar duas salas do museu.
Já Luís Paulo Costa refere que, dos trabalhos expostos no Museu do Côa, 65 representam imagens de mãos procurando produzir silhuetas de animais projetadas na parede.
“Em cada imagem, podemos ver as mãos do artista que são projetadas na parede criando a silhueta de um animal. Estas fotografias estão impressas em papel com uma intervenção a óleo e fazem com que as mãos não repitam a mesma posição ou tons de cores”, descreveu o autor.
Numa outra sala do museu está exposto um conjunto de pinturas a óleo, na sua maioria inéditas.
“Nesta sala será possível observar uma seleção de pinturas que procuram construir um diálogo entre elas, onde o que é dito tem a mesma relevância daquilo que fica por dizer. Ouvir o silêncio, escutar as imagens que as pinturas mostram, olhar para as coisas com tempo, sem pressa, devagar, escutar o que as pinturas querem dizer”, relatou Luís Paulo Costa.
Segundo o autor, estas pinturas contam histórias, revelam uma narrativa sem princípio nem fim declarados.
O trabalho de Luís Paulo Costa está representado em várias coleções públicas e privadas, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Luís Paulo Costa nasceu em Abrantes, em 1968, e iniciou o seu percurso expositivo no final da década de 1990.
O Museu do Côa acolhe igualmente em outra sala e em igual período temporal uma das etapas da Bienal do Douro que se distribui pelos municípios de Alijó, Chaves, Vila Nova de Foz Côa, Peso da Régua, Sabrosa e Vila Real, terminando o evento a 31 de outubro.
A última exposição que o Museu do Côa acolheu, intitulada “Dark Safari”, constituiu a primeira mostra da itinerância da Coleção de Arte Contemporânea do Estado e foi visitada por 38.500 pessoas neste espaço cultural.
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