
A modelo polaca Kaja Sokola testemunhou pela primeira vez contra o ex-magnata do cinema Harvey Weinstein na sessão de quarta-feira do julgamento que o colocou mais uma vez no banco dos réus acusado de violação e agressão sexual.
Sokola, de 39 anos, acusa o cofundador do estúdio Miramax de forçá-la a praticar sexo oral num hotel de Manhattan em 2006, algo que o ex-produtor nega.
O caso de Sokola é uma das três acusações enfrentadas por Weinstein. Ele é acusado de agressão sexual à ex-assistente de produção Miriam Haley em 2006 e de violar a atriz Jessica Mann em 2013, crimes pelos quais foi condenado a 23 anos de prisão num julgamento no Tribunal Penal de Manhattan em 2020.
A sentença, porém, foi anulada no ano passado por um tribunal de apelo devido a problemas processuais.
As denúncias de Haley e Mann ajudaram a galvanizar o movimento #MeToo há quase uma década.
Como todos os dias desde o início do julgamento, Weinstein esteve presente no tribunal na quarta-feira numa cadeira de rodas. Ele ouviu atentamente o relato de Sokola.

A procuradora Shannon Lucey fez um resumo da educação da modelo e das suas primeiras incursões no mundo da moda, enquanto mostrava ao júri fotos dela na adolescência publicadas em revistas, antes de contar como chegou a Nova Iorque em 2002 para trabalhar.
O seu depoimento continuará na quinta-feira.
O produtor de sucessos de bilheteira como "Pulp Fiction" e "A Paixão de Shakespeare" nunca reconheceu ter cometido qualquer crime. Ele afirma que as relações foram consensuais.
Weinstein cumpre outra sentença de 16 anos de prisão imposta por um juiz da Califórnia por violar e agredir sexualmente uma atriz europeia há mais de uma década.
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