"Diz-se que a escravatura durou 400 anos. 400 anos? Parece uma opção", disse Kanye West, em entrevista ao site de informações sobre celebridades TMZ por ocasião do lançamento dos seus dois álbuns mais recentes.
"Estamos numa prisão mental. Gosto da palavra 'prisão' porque 'escravos' está demasiado associada aos negros", declarou.
"Sei, é claro, que os escravos não foram acorrentados e embarcados porque queriam", escreveu no Twitter após receber várias críticas. Mas "não podemos permanecer mentalmente prisioneiros nos próximos 400 anos", destacou.
O artista norte-americano, de 40 anos, casado com a modelo Kim Kardashian, voltou a frequentar as redes sociais em abril, depois de uma longa ausência, atribuída a uma depressão e uma hospitalização.
Além de anunciar seus novos projetos, Kanye West ratificou o seu apoio ao "irmão" Donald Trump, que considera "um dragão de energia", um adjetivo que usa para si próprio.
Muitos artistas da comunidade hip-hop, maioritariamente negra e contra o presidente republicano, criticaram o rapper, mas "Yeezy" - como é apelidado - recebeu o apoio de colunistas conservadores.
Em 2005, após o furacão Katrina passar por Nova Orleães, West acusou o então presidente George W. Bush de "não prestar atenção nos negros".
Na passada terça-feira, admitiu ter-se sentido ofendido porque Barack Obama não o convidou a visitar a Casa Branca.
Em 2009, o presidente democrata, também negro e nascido em Chicago, desqualificou o rapper pelo seu comportamento nos MTV Video Music Awards, quando "Yeezy" interrompeu a cerimónia para afirmar que Taylor Swift não merecia ser premiada.
Obama "nunca ligou para se desculpar", lamentou o artista.
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