"Não penso na minha minha música como algo particularmente político, mas às vezes somos chamados a tomar uma posição política", escreveu o músico numa mensagem divulgada no Twitter e Facebook.
"Que uma nação soberana persiga e puna, sob a lei, os responsáveis pelo comércio ilegal de drogas é, claro, compreensível, até recomendável", afirma Taylor, que chama a dependência das drogas de "flagelo" e "problema mundial".
"Mas as informações recentes das Filipinas sobre execuções sumárias de supostos delinquentes sem julgamento ou processo judicial são muito preocupantes e inaceitáveis para qualquer um que ama o estado de direito", completou o cantor.
Rodrigo Duterte venceu as eleições presidenciais em maio com um discurso que prometia uma guerra antidrogas baseada na eliminação pura e simples dos traficantes. Desde que Duterte assumiu a presidência, em maio, 5.300 pessoas morreram como parte da luta contra as drogas.
James Taylor, 68 anos, ficou conhecido nos anos 1970 com canções como "Fire and rain" e "You've got a friend", sucessos em todo o planeta. Durante a sua longa carreira, iniciada em 1968, recebeu cinco prémios Grammy, o primeiro deles em 1971.
Recentemente, em entrevista, Taylor contou a sua luta contra a heroína durante a adolescência, antes de ser famoso.
Renen de Guia, diretor da Ovation Productions, empresa filipina que organizaria o concerto, disse que insistiu com Taylor para que o música mudasse de ideias.
O empresário não comentou a decisão do artista. "É uma questão muito sensível e não quero dizer mais nada", disse à AFP.
O concerto de Taylor estava previsto para 25 de fevereiro em Manila.
Comentários