"Desde criança tenho muito presentes as imagens a que, fascinado, assistia na televisão e que me davam a conhecer um pouco do que são os costumes de inverno transmontanos – caretos, chocalheiros, diabos, figuras que sempre exerceram sobre mim um magnetismo especial. Vi na criação deste espetáculo, uma oportunidade para explorar cenicamente o cruzamento da sacralidade ritual destas celebrações ancestrais, com uma linguagem de dança contemporânea”, escreve Bruno Duarte no site da CDA.
Situado "entre o sagrado e pagão, ancestral e contemporâneo, humano e sobrenatural, ‘Inverno’ procura transmitir a magia que se vive por estes lugares na altura do solstício de inverno, retratando o pulsar da terra, a emancipação dos jovens, as arruadas, a postura de transgressão - mas tão regrada por práticas fixas – e o forte misticismo cultural”, acrescentou o coreógrafo.
"Este é um trabalho sobre o que está vivo, mas também sobre a memória. Sobre aquilo e aqueles que já viveram os locais que hoje experimentamos", conclui Bruno Duarte.
O encenador viu "na criação deste espetáculo uma oportunidade para explorar cenicamente o cruzamento da sacralidade ritual destas celebrações ancestrais, com uma linguagem de dança contemporânea".
"Inverno" é uma criação conjunta de Bruno Duarte, Carlota Sela, Francisco Ferreira, Joana Puntel, Luís Malaquias, Mariana Romão e Raquel Tavares.
A música é de Galandum Galundaina, Roncos do Diabo, Cabra Çega, Urze de Lume, Colin Stetson e os figurinos de Nuno Nogueira.
A cenografia é de Carlota Machado e Bruno Duarte e o desenho de luz é de Stageplot – Filipa Romeu, num projeto apoiado pela Direção-Geral das Artes.
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