A programação das celebrações do Centro Cultural de Belém (CCB) começa no dia 21 de março, data oficial da inauguração, com um Dia Aberto, mas prolonga-se até ao fim do ano, com várias iniciativas, indicou a entidade à agência Lusa.
"CCB 25 Anos", que vai ficar aberta ao público até 27 de maio, é uma exposição que "convida a conhecer e relembrar os momentos da génese e formação" do CCB, partindo de um primeiro momento inaugural, “como lugar de representação do Estado, para afirmar-se como espaço cultural da cidade”.
O CCB foi inaugurado a 21 de março de 1993, depois de ter acolhido, um ano antes, a Presidência Portuguesa da União Europeia.
Ainda dentro das celebrações, a 10 de julho, pelas 19:00, está prevista a inauguração, na Garagem Sul, da exposição "Building Stories", com Ricardo Bak Gordon, o ateliê belga Architecten De Vylder Vinck Taillieu e os MAIO Arquitetos.
A partir da mesma hora será inaugurada, na praça CCB, a instalação em cortiça "Uma Praça no Verão", com autoria de Promontório Arquitetos, e decorrerá, entre as 21:00 e as 01:00, a Festa na Praça CCB.
A 28 de outubro, às 17:00, no pequeno auditório, decorrerá a MozartFest, com o DSCH – Schostakovich Ensemble, com Filipe Pinto-Ribeiro, piano e direção artística, Jack Liebeck, no violino, Cerys Jones, na viola, e Kyril Zlotnikov, no violoncelo.
Para 05 de dezembro, às 21:00, haverá a estreia da peça “Fausto”, uma encomenda à Mala Voadora, que será apresentada no Grande Auditório do CCB.
O projeto do CCB foi decidido em 1988 e entregue por concurso ao consórcio de arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado.
Concluído em 1992, para acolher a primeira presidência portuguesa da então Comunidade Económica Europeia, abriu ao público em 21 de março de 1993, há 25 anos.
Fazem parte da memória do CCB exposições como "O Triunfo do Barroco", que abriu o seu ciclo expositivo, mostras dedicadas à ‘Pop Art’, a fotógrafos da Magnum, à "Arte alemã do Pós-Guerra", ao design ou a artistas tão diferentes entre si como Paula Rego, Goya e Frida Khalo, Gilbert & George, Rui Chafes e Alberto Carneiro, Pedro Calapez e Pedro Cabrita Reis, que passaram pelo centro de exposições, onde, em 2007, viria a abrir o Museu Coleção Berardo.
Entra igualmente nesse percurso do CCB, a retoma de uma área expositiva em 2014, com a abertura da Garagem Sul à arquitetura, que já acolheu criadores como Sou Fujimoto, Carrilho da Graça, Victor Palla e Bento d'Almeida, Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira, entre muitos outros.
A programação do CCB também conjugou, ao longo destes anos, música, teatro, dança, artistas nacionais e estrangeiros de várias áreas, como a coreógrafa Pina Bausch, a meio-soprano Cecília Bartoli, a pianista Maria João Pires, os maestros Ton Koopman e Jos van Immerseel, os pianistas Keith Jarrett e Bernardo Sassetti, ou os músicos Anner Bylsma, Jean-Guihen Queyras, Roel Dieltiens.
Os programas educativos, a Fábrica das Artes, o programa "Literatura e Pensamento", e os Dias Literários são outras iniciativas tidas em conta nos 25 anos do CCB, que serão recordadas na exposição sobre o centro cultural.
A programação do próximo dia 21 - o "Dia Aberto" de celebração da "Cidade Aberta" - inclui ainda uma feira do livro, com edições próprias, oficinas de música para os mais novos, que vão culminar num miniconcerto, e uma associação com a RTP, o primeiro parceiro do CCB, que vai envolver os diferentes canais de rádio e TV, e a consulta dos Arquivos RTP sobre o CCB, na Sala de Leitura.
O 25.º aniversário da abertura do CCB vai contar ainda com a apresentação das propostas finalistas de uma possível extensão dos edifícios, desenvolvidas no âmbito do projeto "Relâmpago NucleAR", que mobiliza 140 estudantes do Instituto Superior Técnico, através do mestrado integrado e do núcleo de arquitetura (NucleAR).
A programação completa do Dia Aberto está disponível em www.ccb.pt.
Comentários