O certame, que decorre até ao dia 29 deste mês e abrange outras localidades da região, como Redondo e Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, e Vila Verde de Ficalho (Serpa), no distrito de Beja, é promovido pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE).
“O festival fomenta o cruzamento da linguagem do cante e dos chocalhos”, dois patrimónios imateriais do Alentejo classificados pela UNESCO, com “as artes performativas e visuais contemporâneas e os patrimónios do Alentejo”, segundo a CDCE.
A programação apresenta percursos com cante e chocalhos, espetáculos de música tradicional e contemporânea, dança contemporânea, expressões de rua, exposição de fotografia, conversas, oficinas e propostas artísticas dirigidas a vários escalões etários.
Inspiradas no cante alentejano e nas sonoridades dos chocalhos, indicou a organização, as atividades vão levar ao público da região “obras originais criadas ou remontadas a partir da temática do festival”.
O cartaz para hoje, primeiro dia do evento, inclui, em Évora, uma oficina de fabrico de chocalhos e uma mostra de chocalhos de Alcáçovas, assim como a iniciativa “Cante na Praça”, com a atuação do Grupo de Cantares de Évora, na Praça do Giraldo.
Para a Igreja dos Remédios, nesta cidade, está previsto um concerto original com Chocalhofone, instrumento musical composto por 32 chocalhos de Alcáçovas, criado pelo maestro Christopher Bochmann, e, na Praça do Giraldo, vai decorrer o concerto “Campaniça do Despique”, com o músico Pedro Mestre, violas campaniças e o Grupo de Cantares da Aldeia Nova de S. Bento.
A primeira jornada do festival também integra um workshop de dança contemporânea em Estremoz (Évora) e outro de dança contemporânea e chocalhos em Castro Verde (Beja).
“Chocalhando” é o título do espetáculo de dança contemporânea que a CDCE apresenta em Estremoz, no domingo, e que “explora as potencialidades sonoras dos chocalhos em confronto com sonoridades da música eletrónica, criada ao vivo”, pelo DJ FatInch.
Na Praça do Sertório, em Évora, nesse dia, a dança contemporânea volta a “brilhar”, com a Companhia Radar 360.º a apresentar a sua criação “Baile dos Candeeiros”, em que “candeeiros humanos” vão estar “espalhados por pontos estratégicos” e “ganham características dos espaços que habitam”.
Ao longo do festival, vão realizar-se workshops de dança contemporânea, cante alentejano e viola campaniça, uma exposição de fotografia de Telmo Rocha e Diogo Castela, espetáculos de marionetas e atuações de Pedro Mestre e Cantadeiras, Moços D’Uma Cana e diversos grupos de cante.
“Transportadores”, pela Companhia Radar 360.º, "Ooups!", pela companhia belga Jordi Vidal, e “Terra Chã”, pela CDCE e pelo grupo “Os Ganhões” de Castro Verde, são mais alguns dos espetáculos programados.
O festival é cofinanciado pelos programas comunitários Alentejo 2020 e Portugal 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com o apoio da Câmara de Évora, assim como de outras entidades dos concelhos abrangidos.
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