Durante nove dias, a Academia das Artes de Berlim (Akademie der Künste) mostra uma “variedade de géneros e formatos e instalações interativos, assim como performances que convidam os visitantes a se envolverem” na celebração do centenário da escola que mobilizou artistas como Oskar Schlemmer, Wassily Kandinsky e Paul Klee, revelou à agência Lusa a diretora artística do festival, Bettina Wagner-Bergelt.
“Tento espelhar a situação na Bauhaus em 1919, onde havia estudantes, espectadores e mestres, como Schlemmer, Kandinsky, [Lyonel] Feininger, Klee, Anny Albers, Marianne Brandt e muitos mais, para trabalhar, experimentar, pesquisar e produzir todo o tipo de objetos e projetos de arte. Deve ter sido uma atmosfera incrivelmente criativa”, sublinha.
As celebrações do centenário da Bauhaus, uma das mais arrojadas escolas de arte, design e arquitetura, começam em Berlim e alastram a toda a Alemanha, a partir de quarta-feira.
Na página oficial do festival de abertura pode ler-se que, até 24 de janeiro, serão realizados “concertos, instalações, teatro de marionetas, dança e cinema, workshops e demonstrações de palestras, jogos e festividades.”
Para Bettina Wagner-Bergelt o mais importante da escola Bauhaus foi “o espírito que levou os seus membros a, durante 14 anos, até que os fascistas fecharam a escola, inovar em todos os campos: design, arquitetura, performance artística, música, artes visuais”.
“Penso que o elemento mais importante na era Bauhaus que se espalhou pelo mundo foi a inspiração pronta para derreter tradições, interesses e potenciar a criatividade”, realçou à Lusa a diretora artística do festival de abertura dos 100 anos da Bauhaus.
Na página oficial da organização o destaque vai para a instalação de realidade virtual “O teatro de Dança Total” (“Das Totale Tanz Theater”), que explora na dança a relação entre a pessoa e a máquina.
O festival vai ser inaugurado na quarta-feira pelo presidente da república da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
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