O júri, sobre a obra, destacou “a solidez de um percurso que, evoluindo, se reconfigura em cada momento, caminhando para um depuramento crescente da linguagem poética”, segundo comunicado da APE.
No posfácio da obra, editada em maio de 2016, o poeta Luís Quintais afirma: "Todo o labor de Cortez vai no sentido de nos mostrar que o poema acontece na linguagem. A poesia é o lugar onde a linguagem se sonha, ganha consciência de si, definindo, em ato, o território, sempre inacabado, sempre incompleto, da subjetividade. António Carlos Cortez faz da linguagem uma arte da memória".
O galardão tem o valor pecuniário de 12.500 euros e destina-se a distinguir, anualmente, uma obra escrita em português por um autor nacional que seja publicada na íntegra e em primeira edição, assim como obras completas de poesia ou antologias poéticas de autor.
O prémio foi decidido, por unanimidade, por um júri constituído por Daniel Jonas, Isabel Cristina Mateus e pelo presidente da APE, José Manuel Mendes.
À edição deste ano, patrocinada pela Câmara Municipal de Amarante, concorreram obras publicadas em 2017 e, a título excecional, em 2016.
Nascido em Lisboa, em 1976, António Carlos Cortez é poeta, ensaísta e professor de literatura portuguesa e português no Colégio Moderno, em Lisboa.
O poeta é investigador do Centro de Literatura de Expressão Portuguesa e Lusófona da Universidade de Lisboa (CLEPUL), consultor do Plano Nacional de Leitura, do Clube UNESCO para a Literatura em Portugal e crítico de poesia do Jornal de Letras, Artes & Ideias e das revistas Colóquio/Letras e Relâmpago.
"Arrancar penas a um canto do cisne", de Luís Quintais, foi a obra premiada na edição 2017.
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