A exposição, que estará patente até setembro, apresenta nove peças, destacando-se as de autoria do pintor francês Jean Barbault (1718-1762).
Na inauguração, terça-feira às 19:00, com a presença do príncipe Aga Khan, líder religioso dos muçulmanos ismaelitas, estão apenas expostas as telas de Jean Barbault, os óleos “Prazeres Galantes do Sul de Itália”, “Camponesa em Frascati numa Paisagem”, e “Camponesa em Frascati em Cena Interior numa Quinta”.
Esta tela, "com dimensões imponentes no contexto da obra do autor, então chamada Fête Villageoise, reapareceu, em 2008, no mercado, e faz parte atualmente da colecção particular do príncipe Amyn Aga Khan", segundo nota do museu.
O óleo inspira-se "na tradição das festas galantes e representa um encontro lúdico ao ar livre onde as personagens, elegantemente vestidas, se entregam ao ócio sob um fundo de encenação da 'commedia dell'arte', o pintor combina os trajos italianos populares com uma miríade de personagens elegantes, cujos gestos arrumados e educados, nos remetem ao mundo dos salões parisienses".
Jean Barbault foi um pintor e gravador que trabalhou em Roma, nomeadamente na Academia de França, e tornou-se conhecido pelos retratos em trajes orientais ou tradicionais das respetivas regiões, e pelas gravuras de antiguidades e monumentos romanos.
“A partir da próxima quarta-feira estarão patentes todos os quadros, sendo cada um acompanhado pelo respetivo instrumento retratado, que faz parte da coleção do museu”, explicou à agência Lusa fonte do museu.
A exposição “A Arte Musical na Coleção do Príncipe Amyn Aga Khan” patente no Museu da Música é uma iniciativa separada das comemorações do Jubileu de Diamante do príncipe Karim Aga Khan.
Completam a exposição “Tocador de Tambor”, uma sanguínea sobre papel, de Charles Parrocel (1688-1752), “Retrato de Violoncelista”, um desenho a carvão aguarelado, de Pierre-Paul Prud'hon (1758-1823), “Tocador de Viola”, uma sanguínea sobre papel, de Louis-Roland Trinquesse (1745-1799, e ainda, “Tocadora de Cítara”, uma sanguínea sobre papel, de François Boucher (1703-1770) e um “Tocador de Cítara”, um óleo sobre tela, de Jean Pillement (1728-1808).
Hoje, no âmbito das celebrações do Jubileu de Diamante do príncipe Aga Khan, de 81 anos, os CTT-Correios de Portugal emitem uma série filatélica alusiva à efeméride.
A emissão filatélica é composta por um selo e um bloco filatélico, “para assinalar o Jubileu de Diamante de Sua Alteza O Aga Khan”, segundo comunicado dos CTT, segundo o qual haverá “uma edição limitada do bloco filatélico, de apenas sete mil exemplares, [que] estará disponível com um diamante de 1,25 milímetros”.
A emissão filatélica, explicam os CTT, é composta por um selo com um valor facial de 0,91 euros, e uma tiragem, de 125 mil exemplares, e um bloco filatélico com um selo, que terá duas versões. Uma com um valor de dois euros e uma tiragem de 50 mil exemplares e uma outra, de apenas sete mil exemplares, “com um diamante de 1,25 milímetros, ao preço de 20 euros”.
O príncipe Karim Aga Khan sucedeu ao seu avô, em 1957, quando se tornou líder religioso dos muçulmanos ismaelitas.
A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento está presente em Portugal desde 1983, através da Fundação Aga Khan. Em 2015, a convite de Portugal, o príncipe assinou com a República Portuguesa “um acordo para o estabelecimento da sede formal do Imamat Ismaili (uma entidade supranacional que representa a sucessão dos imanes desde a época, e na descendência, do Profeta Muhammad, em Portugal”, segundo comunicado dos CTT.
Segundo a mesma fonte, o palacete Henrique de Mendonça, em Lisboa, será a sede mundial do Imamat Ismaili. Na Europa, Portugal tem uma das maiores concentrações de muçulmanos ismaelitas.
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