Os primeiros espetáculos em abril prometem muita agitação – afinal os Wraygunn já não faziam espetáculos desde 2009.
Fundados em 1999 por Paulo Furtado, osWraygunneditaram três álbuns que marcaram a primeira década deste século, entre 2001 e 2007.
«Soul Jam»(2001), o seu primeiro longa-duração, apresenta um som único entre nós, alicerçado no Rock'n'Roll mas carregado de referências de música negra, nomedamente Soul, Funk e Hip Hop.
«Eclesiastes 1.11»(2004) apresenta algumas alterações no line-up da banda que se virão a revelar decisivas. Recheado de grandes canções, marca a chegada aos Wraygunn deRaquel RalhaeSelma Uamusse, aprofunda a relação da banda com os elementos chave da cultura negra norte-americana, desta vez o Gospel e os Blues cruzados com mestria com o músculo do melhor Rock'n'Roll, e abre-lhes as portas do mercado francês com vendas superiores a 10 mil unidades e o apoio entusiástico da critica gaulesa estando entre os melhores discos do ano para publicações de referência como a Inrockuptibles ou a Rock & Folk.
«Shangri-La», o seu terceiro álbum, chega às lojas em 2007, consolidando os Wraygunn como uma das mais importantes bandas nacionais da sua geração.
Unanimemente considerado o melhor disco desse ano pela crítica nacional,«Shangri-La»está mais uma vez impregnado de Soul e Funk, mas está também inundado de electrónica analógica e de muito groove Disco, sem nunca deixar de ser fiel à forte personalidade da banda, herdeira do mais irreverente e iconoclasta Rock'n'Roll e mostra-nos unsWraygunnao nível do que melhor se faz em qualquer parte do mundo, como confirma o estatuto de cabeça de cartaz que conquista em território francês.
2012 marca o regresso dos Wraygunn aos discos, depois de um intervalo maior do que o habitual, devido ao facto de Paulo Furtado ter estado a trabalhar na obra-prima deLegendary Tiger man,«Femina».
Produzido por Nelson Carvalho e Paulo Furtado,«L'Art Brut»retoma o caminho dos anteriores discos dos Wraygunn: a constante renovação do legado do Rock’n’Roll através da exploração da sua relação com a mais profunda música negra norte-americana, numa atitude que, sem nunca ser revivalista, bebe no passado para apontar o futuro, e da qual resulta um som próprio embora universal, intemporal e perfeitamente identificável.
«Don’t you wanna dance»é o primeiro single a ser extraído de«L'Art Brut».Uma canção deliciosa de um grupo que nunca desistiu de deixar a sua marca na última década da mais moderna e esclarecida música feita em Portugal.
Datas dos espetáculos
20/04 – Arcos de Valdevez – Casa das Artes – 21h30
27/04 – Guimarães – São Mamede CAE – 23h30
28/04 – Ílhavo – Centro Cultural – 21h30
Os bilhetes estão à venda nas salas de espetáculos.
Videoclip de«Don't You Wanna Dance»:
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