O orçamento para esta edição é de 5,2 milhões de euros, proporcionalmente o mais caro de sempre, uma vez que o de 2011 foi de 6,4 milhões de euros, mas tinha quatro dias de duração, em vez dos três deste ano, disse o promotor.
O cartaz da sexta edição tem como cabeças de cartaz vários artistas, como The Cure, Radiohead e The Stone Roses, nomes que atrairão cerca de sete mil espetadores do Reino Unido.
«Vendemos 16 mil bilhetes no estrangeiro. Temos 54 nacionalidades diferentes. Pela primeira vez num evento de música, o nosso primeiro mercado não é Espanha, mas passou a ser o Reino Unido», referiu Álvaro Covões.
O recinto tem capacidade para cerca de 55 mil pessoas. Dos três dias de festival, domingo já está esgotado, por conta dos Radiohead, banda britânica que já não atuava em Portugal há dez anos e que aparenta manter o culto intacto entre os espectadores portugueses.
O promotor referiu que os outros dois dias de festival têm tido uma procura muito forte e sábado, dia em que atuam Tricky, James Murphy e The Cure, também está perto de esgotar.
O concerto de Florence + The Machine, que estava também marcado para sábado, foi cancelado devido a problemas nas cordas vocais da cantora Florence Welsh.
Álvaro Covões ficou satisfeito com as vendas de bilhetes, tendo em conta «o momento económico menos favorável».
«As pessoas fazem um esforço adicional e vão», disse, sublinhando que um festival de música é «sempre uma grande oportunidade de ver, de uma forma concentrada, concertos fantásticos».
No caso do Optimus Alive, um festival urbano, no concelho de Oeiras, perto de Lisboa, com acessos diretos e virado para o Tejo, «as pessoas veem para ver música». «É uma forma de convívio, é um acontecimento, vais ter com amigos ou fazes amigos», adianta ainda Álvaro Covões.
Em três dias acontecerão cerca de 70 espetáculos em três palcos, num coreto e no pórtico de entrada.
Há bandas em estreia nacional, como os Mumford & Sons e Noah and the Whale, ambos no sábado; há momentos de regresso ao passado, com The Stone Roses, na sexta-feira, com The Cure, no sábado, num concerto que poderá chegar às três horas de duração.
Haverá ainda momentos especiais, como a atuação do trio punk rock português The Parkinsons na sexta-feira e o concerto do músico inglês Tricky, que apresentará no sábado, na íntegra, o álbum «Maxinquaye», de 1995, um dos marcos do trip-hop, mas sem a presença da cantora Martin Topley-Bird.
Entre as bandas portuguesas, apenas duas estão no palco maior do festival - We Trust no sábado e Paus no domingo, ambas às 18:30.
Nos outros dois palcos, a música portuguesa passa pelos Buraka Som Sistema, Blasted Mechanism, Laia, B Fachada, Márcia, Best Youth, Ninja Kore e Miúda, na primeira apresentação em festival.
O pequeno espaço do coreto será programado pelo Cais Sodré Cabaret, remetendo o espectador para o universo musical e visual dos anos 1920 e 1930. The Soaked Lamb e Texabilly Rockets atuarão neste palco.
A sexta edição do Optimus Alive ainda não começou, mas a organização já anunciou as datas para os concertos do próximo ano (de 12 a 14 de julho), novamente no mesmo local e mantendo o patrocínio principal da Optimus.
@SAPO com Lusa
Comentários