"O trabalho dos Oquestrada existe há dez anos e sempre trabalhou sobre este lado periférico das grandes cidades, com muito enfoque no Tejo e nas suas duas margens", conta Marta Miranda a propósito da instalação sonora "A Voz do Farol – Sentinela do Tejo", que celebra o regresso do Farol de Cacilhas, recolocado em Almada 20 anos depois de ter estado a substituir o Farol da Serreta, nos Açores.
Dia 7 de outubro, a Cavalinho, mini filarmónica dos Oquestrada, dá concertos no barco que faz o percurso entre o Cais do Sodré e Cacilhas, ao fim da tarde. Para não acabar logo a festa, a sala de espera da estação de Cacilhas vai ter, até dia 14, uma rádio pirata com seleção musical dos Oquestrada e a emissão diária do programa "Sentinela do Tejo", além de uma exposição de fotografias do farol. E o próprio farol, que assinala 125 anos, terá também uma banda sonora especial durante estes dias.
"Como Cacilhas é um sítio de passagem, houve pouca gente a dar pelo regresso do farol. Por isso este evento, em colaboração com a Câmara Municipal de Almada, foi a oportunidade ideal para dar voz ao farol. Até porque, neste momento, o farol é um símbolo que nos parece essencial para Portugal. É uma estrela-guia e nós precisamos de estrelas-guia neste momento, quando as coisas estão a patinar e andamos aqui um bocado sem norte e sem sul", salienta a vocalista dos Oquestrada.
Quem quiser juntar-se à festa esta sexta-feira só tem de apanhar o ferry em Cacilhas às 18 ou às 19h ou no Cais do Sodré às 18h33 ou às 19h33. Caso não possa, os Oquestrada prometem continuar a dar-nos música enquanto o barco não parte durante mais uns dias.
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