Ainda o espetáculo estava longe, já a dupla tinha, através do Facebook, sugerido que o projeto se iria aventurar num novo álbum, a ser lançado no final do ano, como título "Mogul de Jade" - o que deixou, naturalmente, a plateia curiosa, sobre o que seria apresentado no palco do Maria Matos.
Já em palco, quando Norberto surgiu, em pé,de guitarra eléctrica em punho, tornou-se óbvio que seria algo bem diferente de "Fala Mansa" - o último registo do guitarrista, o qual costuma interpretar sentado, de perna cruzada,de guitarra acústica ao colo -que iria ecoar pela plateia do teatro.
O que ecoou foi, nas palavras de Norberto, quando entrevistado pela "Time Out", uma "soul music doente", com pitadas de rock e jazz (estilo no qual João tem formação)aqui e ali, que muito dificultam a eventualtarefa dos ouvintes que insistem na definição de géneros musicais.
Norberto vai trocando de guitarras, que dedilha rapidamente, com precisão,e chega mesmo a fazer uso de um Korg, para espanto de todos. O baterista mostra-se um parceiro à altura, atraindo, com um longo solo, as atenções da sala.
Em alguns momentos, o duo é ainda acompanhado por duas vozes femininas e um baixo elétrico.
Antes do concerto terminar, houve ainda espaço para algumas novidades:
Além de "Mogul de Jade", um novo disco a solo de Norberto chegará na primavera. Um álbum de um dos seus outros projetos parelos é, também, uma possibilidade para 2012.
Texto: Henrique Mourão
Fotografias: Joanica Cardoso
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