Joaquim Pinto, um dos fundadores dos Mão Morta, morreu esta segunda-feira, dia 4 de novembro. O músico estava internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
A notícia foi confirmada pela banda nas redes sociais.
“É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Joaquim Pinto. (…) Fundador e ideólogo dos Mão Morta, que formou com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal há exatamente 40 anos, no início de novembro de 1984, e seu membro honorário desde 1990, quando deixou de exercer as funções de baixista permanente. Desde então aparecia esporadicamente e de surpresa num concerto ou outro, a tocar o seu ‘Aum’. Haveremos de nos voltar a encontrar em Berlim! Até lá, fica em paz, irmão”, escreveu o grupo.
Joaquim Pinto fundou em 1984, em Braga, os Mão Morta com Miguel Pedro (guitarra) e Adolfo Luxúria Canibal (voz). O músico era considerado um "membro honorário" do grupo, com participações esporádicas nos concertos.
"Em Outubro de 1984, Joaquim Pinto assiste em Berlim a uma actuação dos Swans. No final do concerto encontra Harry Crosby, baixista da banda nova-iorquina, que lhe diz que ele tem cara de baixista. Pinto regressa a Braga, compra um baixo e, em novembro desse ano, forma os Mão Morta, com Miguel Pedro na guitarra e Adolfo Luxúria Canibal na voz", lembra a banda no seu site.
O primeiro concerto aconteceu em janeiro de 1985, no Porto, no Orfeão da Foz.
Em 1990, Joaquim Pinto decidiu sair da banda. "Começavam a preparar um novo disco quando Joaquim Pinto abandona a banda, após o concerto que os Mão Morta deram em Janeiro de 1990 no Rock Rendez-Vous. Seria substituído por José Pedro Moura, até aí nos Pop Dell’Arte, e que se viria a estrear como baixista da banda num concerto em Aveiro", relembram os Mão Morta.
O grupo, que teve várias formações, mantendo-se sempre Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, editou álbuns como "Corações Felpudos" (1990), "Mutantes S.21" (1992), "Há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável" (1998) ou "Pelo meu relógio são horas de matar" (2014), aos quais se juntam coletâneas e registos ao vivo.
Antes dos Mão Morta, a única experiência musical de Joaquim Pinto foi nos PVT Industrial, com Adolfo Luxúria Canibal e Miguel Pedro, onde tocava berbequim eléctrico e percussão.
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