Esse é o primeiro obstáculo a superar, afirmou o teclista, Bernardo Afonso, à agência Lusa, referindo que os quatro músicos têm entre 18 e 23 anos e formaram os Lotus Fever em 2011.
"É difícil para nós, porque somos novos e fazemos música deste género. Não é muito usual. Há vários estilos na nossa música, há jazz, psicadelismo, mas podemos dizer que fazemos rock progressivo", afirmou.
"Search for meaning", produzido por Ramon Galarza, revela influências dos Pink Floyd, dos mais recentes Tame Impala, mas também de Radiohead e de José Cid, pela "obra-prima", refere Bernardo Afonso, que é o álbum "10.000 anos entre Vénus e Marte" (1978).
Segundo Bernardo Afonso, "Search for meaning", o álbum que afina a identidade musical depois do EP "Leave the lights out" (2012), é conceptual, abordando a questão da "dualidade, das posições [tomadas] perante um acontecimento". "As letras não são conclusivas, deixam espaço para cada um interpretar como quiser".
Os músicos dos Lotus Fever, que começaram por se chamar The Roadies, têm todos formação musical, mas, mais importante do que esta, o teclista sublinha a aprendizagem mais informal, a da audição de discos.
"Queremos saber o que os outros andam a fazer. A internet é uma ferramenta incrível que permite chegar a tanta coisa. Qualquer pessoa tem, se calhar, mais catálogo em digital [do que em vinil], mas nós também somos fãs de um bom vinil", disse.
"Search for meaning", que será apresentado numa digressão pelo país, que começa hoje no Musicbox, em Lisboa, foi feito com a ajuda dos fãs, através do sistema de "crowdfunding", angariação de verbas através de doações pela Internet.
Dos Lotus Fever fazem parte Bernardo Afonso (teclas), Diogo Abreu (bateria), Manuel Siqueira (guitarra) e Pedro Zuzarte (guitarra e voz).
@Lusa
Videoclip de "Introspection":
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