Pat Metheny foi o concerto que serviu como efeito-surpresa na sessão de apresentação da programação, antes do arranque da Capital Europeia da Cultura.
Apesar de o guitarrista não ser nenhum estranho dos palcos portugueses, já não nos visitava desde 2007. Desta vez surge em Guimarães, no dia 21 de julho, com a Pat Metheny Unity Band, um combo que já usara no álbum «80/81», com uma secção rítmica composta por baixo (Ben Williams) e bateria (António Sanchez), um corpo harmónico sustentado pela sua guitarra e um suporte melódico garantido pelo saxofone (Chris Potter).
O jornal britânico The Guardian classificava o álbum gravado este ano sob esta designação como «típico Metheny» e a BBC afirmou que este era «indiscutivelmente um dos melhores lançamentos de Metheny nos últimos tempos».
O concerto de Metheny vai decorrer na Plataforma das Artes, a 21 de julho, um novo recinto para eventos que no dia anterior recebe uma das grandes vozes femininas do jazz, Dee Dee Bridgewater, que já acompanhou grandes nomes do género, dos quais se destacam Sonny Rollins, Dizzy Gillespie, Dexter Gordon e Max Roach. Os seus últimos trabalhos revelam uma forte influência da música africana, sobretudo do Mali.
Uma outra voz feminina com notoriedade alcançada é Ute Lemper, que desta vez vem a Guimarães para um concerto com a Fundação Orquestra Estúdio, em que explora o reportório clássico do cabaret alemão e de músicas que prosseguem a tradição do trabalho de divas, como Marlene Dietrich ou Edith Piaf.
A mostra de música Mantra, regressa este ano concentrada em duas vozes femininas que atuarão a 26 e 27 de julho nos jardins do Centro Cultural Vila Flor.
A primeira noite pertence a Russian Red, aliás Lourdes Hernandéz, a espanhola que pratica uma música folk, próxima de nomes como Joanna Newsom ou Regina Spector.
Mais eletrónico é o universo de Nite Jewel, a californiana que lançou este ano o segundo álbum «One second of love».
O destaque na música clássica vai para a presença em Guimarães da maestrina Joana Carneiro que, com a violoncelista inglesa Natalie Clein e a Fundação Orquestra Estúdio, irá interpretar o concerto nº1 para violoncelo de Camille Saint-Saëns e a 5ª sinfonia de Shostakovich. O concerto é dia 18 de julho no Centro Cultural Vila Flor.
No mesmo espaço, a Orquestra Chinesa de Macau vai atuar no dia 27 de julho, trazendo a sua mistura de sonoridades orientais e ocidentais, desta vez interpretando temas que invocam o fadista Carlos do Carmo e novos arranjos para autores portugueses, como António Vitorino d’Almeida, José Luís Tinoco e Paulo de Carvalho.
De África, mais concretamente de Angola, vêm os temas de Aline Frazão Trio, que apresenta o primeiro álbum, «Clave Bantu», onze temas que resultam dos seus quatro anos de viagens e de parcerias com os escritores José Eduardo Agualusa e Ondjaki. O concerto será no espaço da Fábrica Asa no dia 7 de julho.
@SAPO com Lusa
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