
”Esta distinção pretende destacar a carreira do cantautor português e a contribuição que a sua obra e ativismo tiveram no desenvolvimento das artes e da sociedade”, afirma em comunicado a promotora de José Mário Branco.
O músico recebe o prémio no próximo dia 2 de outubro, em San Remo, em Itália, e participará no espetáculo musical que se realiza no Teatro Del Casinò, e que contará ainda com a participação da cantora grega Maria Farantouri, do coletivo checo Plastic People Of Universe e do índio norte-americano John Trudell.
O Prémio Tenco existe desde 1974 e já foi entregue, em edições anteriores, aos portugueses Sérgio Godinho, em 1995, e Dulce Pontes, em 2004.
Leo Ferré, Vinicius de Moraes, Jacques Brel, Leonard Cohen, Sílvio Rodriguez, Tom Waits, Caetano Veloso e John Cale, são alguns dos nomes já distinguidos com este galardão.
José Mário Branco gravou o seu primeiro disco, "Seis Cantigas de Amigo", em 1967. A sua discografia inclui, entre outros trabalhos, "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades" (1971), "A Cantiga é uma Arma" (1976), "Ser Solidário" (1982), "A Noite" (1985), "Correspondências" (1990) e "Canções Escolhidas" (1999).
José Mário Branco tem trabalhado com outros músicos e compositores, nomeadamente Amélia Muge, Gaiteiros de Lisboa, Camané, Rui Júnior e José Peixoto.
No álbum duplo "Maio Maduro Maio", gravado ao vivo e editado em 1995, surgiu ao lado de João Afonso e Amélia Muge a cantar temas de José Afonso. Dos seus concertos, há seis anos, no Centro Cultural de Belém, Teatro da Trindade, Coliseu do Porto e Teatro Académico Gil Vicenet surgiu o registo "José Mário Branco ao Vivo em 1997".
José Mário Branco apresentou-se, há muito tempo, como "português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro".
Numa entrevista à Lusa afirmou-se como um “apaixonado por um ativismo intervencionista”.
@Lusa
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